Valéria D' Ogum Xoroquê 
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Continuação da introdução Wicca
Continuação da introdução Wicca

 

Espaço dedicado à Wicca

 

Os Sabbats

 

Os oito Sabbats, celebrados a cada ano pelos Covens dos Bruxos e pelos Bruxos Solitários, são belas cerimônias religiosas derivadas dos antigos festivais que celebravam, originalmente, a mudança das estações do ano. Os Sabbats, também conhecidos como a "Grande Roda Solar do Ano" e "Mandala da Natureza", têm sido celebrados sob formas diferentes por quase todas as culturas no mundo. São conhecidos sob vários nomes e aparecem com freqüência na mitologia.


Os quatro Sabbats principais (ou grandes) correspondem ao antigo ano gaélico e são chamados de Candlemas, Beltane, Lammas e Samhain. Os quatro menores são Equinócio de Primavera, Solstício de Verão, Equinócio do Outono e Solstício de Inverno.


Ao contrário da imagem que muitas pessoas têm do Sabbat dos Bruxos, eles não constituem uma ocasião em que as Bruxas se reúnem para realizar orgias, lançar encantamentos ou preparar poções misteriosas. A magia raramente é realizada, se é que isso acontece, num Sabbat de Bruxos. O Sabbat, infelizmente tem sido confundido também com a "Missa Negra" Satânica ou "Sabbat Negro", sendo esse outro conceito errado que muitas pessoas têm e que é decorrente de séculos de propaganda antipagã da Igreja, do medo, da ignorância e da imaginação excessiva dos escritores desde a Idade Média. Uma Missa Negra não é um Sabbat de Bruxos, mas uma prática satânica que parodia o principal ritual do Catolicismo e que inclui supostamente o sacrifício de bebês não batizados, orgias sexuais pervertidas e a recitação de trás para frente do "Pai Nosso".


Nada disso jamais acontece nos Sabbats dos Bruxos. Não há sacrifícios (humano ou animal), não há o que chamam de magia negra, não há rituais anticatólicos. Os Sabbats são simplesmente uma ocasião em que os Bruxos celebram a Natureza, dançam, cantam, deleitam-se com alimentos pagãos e honram as deidades da Religião Antiga (principalmente a Deusa da Fertilidade e Seu Consorte, o Deus). Em certas tradições wiccanas, a Deusa é adorada nos Sabbats de Primavera e do Verão, enquanto o Deus é homenageado nos Sabbats do Outono e do Inverno.


A celebração de cada Sabbat é uma experiência espiritual intensa e sublime que permite aos wiccanos permanecerem em equilíbrio harmonioso com as forças da Mãe Natureza.

 

Sabbat

Hemisfério Sul

Hemisfério Norte

Samhain

1 de Maio

31 de Outubro

Yule

21 de Junho (aprox.)

21 de Dezembro (aprox.)

Candlemas

1 de Agosto

2 de Fevereiro

Ostara

20 de Setembro (aprox.)

20 de Março (aprox.)

Beltane

31 de Outubro

1 de Maio

Litha

21 de Dezembro (aprox.)

21 de Julho (aprox.)

Lammas

2 de Fevereiro

1 de Agosto

Mabon

20 de Março (aprox.)

20 de Setembro (aprox.)

 

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Sabbat Samhain

Hemisfério Norte: 31 de Outubro

Hemisfério Sul: 1 de Maio


O Samhain (pronuncia-se "sou-en"), também chamado de Halloween, Hallowmas, Véspera de Todos os Sagrados, Véspera de Todos os Santos, Festival dos Mortos e Terceiro Festival da Colheita, é o mais importante dos oito Sabbats dos Bruxos. Como Halloween, é um dos mais conhecidos de todos os Sabbats fora da comunidade wiccana e o mais mal-interpretado e temido.


Samhain celebra o final do Verão, governado pela Deusa. (O nome Samhain significa "Final do Verão".)


Samhain é também o antigo Ano Novo celta / druida, o início da estação da cidra, um rito solene e o festival dos mortos. É o momento em que os espíritos dos seres amados e dos amigos já falecidos devem ser honrados. Houve uma época na história em que muitos acreditavam que era a noite em que os mortos retornavam para passear entre os vivos. A noite de Samhain é o momento ideal para fazer contato e receber mensagens do mundo dos espíritos.


A versão cristã do Samhain é o Dia de Todos os Santos (1o de Novembro), que foi introduzido pelo Papa Bonifácio IV, no século VII, para substituir o festival pagão. O Dia dos Mortos (que cai a 2 de novembro) é outra adaptação cristã ao antigo Festival dos Mortos. É observado pela Igreja Católica Romana como um dia sagrado de preces pelas almas do purgatório.


Em várias regiões da Inglaterra acredita-se que os fantasmas de todas as pessoas destinadas a morrer naquele ano podem ser vistos andando entre as sepulturas à meia-noite de Samhain. Pensava-se que alguns fantasmas tinham natureza má e, para proteção, faziam-se lanternas de abóboras com faces horrendas e iluminadas, que eram carregadas como lanternas para afastar os espíritos malévolos. Na Escócia, as tradicionais lanternas Hallows eram esculpidas em nabos.


Um antigo costume de Samhain na Bélgica era o preparo de "Bolos para os Mortos" especiais (bolos ou bolinhos brancos e pequenos). Comia-se um bolo para cada espírito de acordo com a crença de que quanto mais bolos alguém comesse, mais os mortos o abençoariam.


Outro antigo costume de Samhain era acender um fogo no forno de casa, que deveria queimar continuamente até o primeiro dia da Primavera seguinte. Eram também acesas, ao pôr-do-sol, grandes fogueiras no cume dos morros em honra aos antigos deuses e deusas, e para guiar as almas dos mortos aos seus parentes.


Era no Samhain que os druidas marcavam o seu gado e acasalavam as ovelhas para a Primavera seguinte. O excesso da criação era sacrificado às deidades da fertilidade, e queimavam-se efígies de vime de pessoas e cavalos, como oferendas sacrificiais. Diz-se que acender uma vela de cor laranja à meia-noite no Samhain e deixá-la queimar até o nascer do sol traz boa sorte; entretanto, de acordo com uma lenda antiga, a má sorte cairá sobre todo aquele que fizer pão nesse dia ou viajar após o pôr-do-sol.


As artes divinatórias, como a observação de bola de cristal e o jogo de runas, na noite mágica de Samhain, são tradições wiccanas, assim como ficar diante de um espelho e fazer um pedido secreto.


Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Samhain são maçãs, tortas de abóbora, avelãs, Bolos para os Mortos, milho, sonhos e bolos de amoras silvestres, cerveja, sidra e chás de ervas.


Incensos: maçã, heliotropo, menta, noz-moscada e sálvia.

Cores das velas: preta, laranja.

Pedras preciosas sagradas: todas as pedras negras, especialmente azeviche, obsidiana e ônix.

Ervas ritualísticas tradicionais: bolotas, giesta, maçãs beladona, dictamo, fetos, linho, fumária, urze, verbasco, folhas do carvalho, abóboras, sálvia e palha.



 Ritual do Sabbat Samhain


Em muitas tradições wiccanas, é costume o Bruxo jejuar um dia inteiro antes de realizar o Ritual do Sabbat Samhain.


Após o banho ritual com água salgada para limpar seu corpo e sua alma de todas as impurezas e energias negativas, coloque uma veste cerimonial longa e preta (a menos que prefira trabalhar sem roupa, como fazem muitos Bruxos), use um colar de bolotas feito a mão em torno do pescoço e coloque uma coroa de folhas de carvalho na cabeça.


Comece traçando um círculo de 3m de diâmetro, usando giz ou tinta branca. Coloque 13 velas pretas e cor de laranja em torno do círculo e à medida que for acendendo cada uma diga: 
VELA SAMHAIN DO FOGO TÃO BRILHANTE CONSAGRE ESTE CÍRCULO DE LUZ.


No centro do círculo erga um altar voltado para o norte. No centro do altar, coloque três velas (uma branca, uma vermelha e uma preta) para representar, cada uma, uma fase da Deusa Tripla. à esquerda (oeste) das velas, coloque um cálice com sidra e um prato contendo sal marinho. à direita (leste) das velas, coloque um incensório com incenso de ervas e uma pequena tigela com água. Diante das velas (sul), coloque um sino de altar de latão, um punhal consagrado e uma maçã vermelha. Faça soar três vezes o sino do altar e diga: 
SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA E SOB A SUA PROTECÇÃO, INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.


Salpique um pouco de sal e água em cada ponto da circunferência em torno do círculo para limpar o espaço de qualquer negatividade ou influência maligna. Pegue o punhal com a mão direita e diga: 
OUÇAM BEM, ELEMENTOS, AR, FOGO, ÁGUA E TERRA. PELO SINO E PELA LÂMINA EU VOS CONVOCO NESTA SAGRADA NOITE DE ALEGRIA.


Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com a sidra e diga: 
EU TE OFEREÇO, OH, DEUSA, ESTE NÉCTAR DA ESTAÇÃO.


Coloque o punhal de volta no altar. Acenda o incenso e as três velas do altar e diga: 
TRÊS VELAS EU ACENDO EM TUA HONRA, OH, DEUSA: BRANCA PARA A VIRGEM, VERMELHA PARA A MÃE, PRETA PARA A ANCIÃ. OH DEUSA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES, A TI ERGO ESTE TEMPLO SAGRADO EM PERFEITA CONFIANÇA.


Pegue o cálice com ambas as mãos e derrame algumas gotas da sidra sobre a maçã, dizendo: 
AO VENTRE DA DEUSA MÃE RETORNA AGORA O DEUS, ATÉ O DIA EM QUE NOVAMENTE RENASCERÁ. A GRANDE RODA SOLAR GIRA MAIS UMA VEZ. O CICLO DAS ESTAÇÕES NÃO TERMINA NUNCA. ABENÇOADAS SEJAM AS ALMAS DAQUELES QUE VIAJARAM ALÉM PARA O MUNDO ESCURO DOS MORTOS. EU DERRAMO ESTE NÉCTAR EM HONRA à SUA MEMÓRIA. QUE A DEUSA OS ABENÇOE COM LUZ, BELEZA E ALEGRIA. ABENÇOADOS SEJAM! ABENÇOADOS SEJAM!


Beba o restante da sidra e, então, coloque o cálice no seu lugar no altar. Faça soar o sino três vezes, desfaça o círculo apagando as velas de cores laranja e preta, começando do leste e movendo em direção levógira. Pegue a maçã do altar e enterre-a do lado de fora para nutrir as almas dos que morreram no último ano.


O Ritual de Samhain está agora completo e deve ser seguido de meditação, divinação em bola de cristal, recital de poesia mística inspirada na Deusa e uma prece dos Bruxos pelas almas de todos os membros da família e dos amigos que passaram para o Plano Espiritual.

Fonte: “Wicca – A Feitiçaria Moderna”, de Gerina Dunwich

 

 

O Ritual de Samhain

Material necessário:

· Caldeirão; 
· Uma vela preta; 
· Uma vela laranja; 
· Uma maçã; 
· Um pão feito por você; 
· Uma romã; 
· Dois pedaços de papel em branco; 
· Lápis; 
· Alecrim; 
· Uma colher de pau; 
· Álcool de cereais; 
· O Cálice com vinho. 

Procedimento:

Coloque o Caldeirão sobre o Altar e disponha a vela laranja do lado direito e a vela preta do lado esquerdo. Coloque a maçã perto da vela laranja e a romã perto da vela preta. Trace o Círculo Mágico e então diga:

Neste dia sagrado, no qual o véu que separa os mundos se encontra mais fino, somos visitados por nossos ancestrais.
Que a Deusa Anciã e o Senhor das Sombras possam abençoar todos os amados que viverem partilhar deste Rito de Sabbat. 

Acenda as velas, dizendo:

Sagrados Ancestrais, venham a mim.
Nesta noite eu canto a magia e realizo este ritual em homenagem àqueles que partiram ao País de Verão. 
Que este Rito seja agradável aos olhos daqueles que já se foram. 
Abençoados sejam todos eles. 

Eleve o Caldeirão, dizendo:

Este é o ventre da Mãe, o Caldeirão dos fins e recomeços. 

Coloque-o novamente no lugar e pegue um pedaço de papel. Nele escreva tudo o que você quer afastar de sua vida. Acenda-o na vela preta e deixe-o queimar dentro do Caldeirão.
Pegue o outro pedaço de papel e escreva tudo o que você quer atrair para a sua vida. Acenda-o na vela laranja e deixe-o queimar dentro do Caldeirão. 
Coloque o alecrim no Caldeirão, junto com as cinzas, e comece a mexer a mistura no sentido horário, dizendo: 

Que o velho morra e que o novo possa entrar.
Pelo poder da Vida e da Morte, 
Saúdo os espíritos desta noite de Samhaim. 

Coloque um pouco de álcool no Caldeirão e então ponha fogo, dizendo:

Através desta luz e o elo mar além, 
Saúdo todos os espíritos nesta noite de Samhaim. 

Olhe para as chamas do fogo e mentalize todos os seus desejos. 
Com o seu Athame, abra a romã, com algumas sementes, enquanto pensam todas as coisas negativas que quer afastar de sua vida. Coloque algumas sementes no fogo. 
Parta a maçã ao meio, coma uma das partes e jogue um pequeno pedaço nas chamas do Caldeirão. Mentalize agora tudo o que você quer atrair de positivo. 
Com a sua colher de pau, mexa o conteúdo de seu Caldeirão e então diga: 
Que o negativo se torne positivo, 
Que o mal se transforme em bem, 
Que a doença se torne saúde, 
E o ódio em amor. 

Beba um gole do vinho e despeje um pouco dentro do Caldeirão, fazendo uma libação, enquanto diz: 

Faço esta libação em homenagem à Deusa e ao Deus. 
Homenageio também a todos os meus Ancestrais. 
Que assim seja e que assim se faça! 
Toque o pão com o Bastão e diga: 
Eu te consagro em nome dos Antigos. 
Que você me traga saúde, sucesso, prosperidade e amor. 
Coma um pedaço do pão. 
Cante, dance e festeje em homenagem à Deusa e aos seus antepassados. 
Agradeça aos Ancestrais e destrace o Círculo.

Coloque o resto do pão no seu jardim ou aos pés de uma árvore como oferenda aos seus ancestrais.

(fonte: WICCA A Religião da Deusa de Claudiney Prieto)

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Sabbat Yule

 

Primeiro dia do inverno (Solstício do Inverno).
Em 2010, no Hemisfério Sul, ocorre no dia 21/Jun às 02h46min (Horário de Brasília).

 


Também conhecido como Natal, Ritual de Inverno, Meio do Inverno, Yule e Alban Arthan, o Sabbat do Solstício do Inverno é a noite mais longa do ano, marcando a época em que os dias começam a crescer, e as horas de escuridão a diminuir. É o festival do renascimento do sol e o tempo de glorificar o Deus. (O aspecto do Deus invocado nesse Sabbat por certas tradições wiccanas é Frey, o deus escandinavo da fertilidade, deidade associada à paz e à prosperidade.) São também celebrados o amor, a união da família e as realizações do ano que passou.


Nesse Sabbat os Bruxos dão adeus à Grande Mãe e bendizem o Deus renascido que governa a "metade escura do ano". Nos tempos antigos, o Solstício do Inverno correspondia à Saturnália romana (17 a 24 de Dezembro), a ritos de fertilidade pagãos e a vários ritos de adoração ao sol.


Os costumes modernos que estão associados ao dia cristão do Natal, como a decoração da árvore, o ato de pendurar o visco e o azevinho, queimar a acha de Natal, são belos costumes pagãos que datam da era pré-cristã. (O Natal, que acontece alguns dias após o Solstício de Inverno e que celebra o nascimento espiritual de Jesus Cristo, é realmente a versão cristianizada da antiga festa pagã da época do Natal.)


A queima da acha de Natal originou-se do antigo costume da fogueira de Natal que era acesa para dar vida e poder ao sol, que, pensava-se, renascia no Solstício do Inverno. Tempos mais tarde, o costume da fogueira ao ar livre foi substituído pela queima dentro de casa de uma acha e por longas velas vermelhas gravadas com esculturas de motivos solares e outros símbolos mágicos. Como o carvalho era considerado a árvore Cósmica da Vida pelos antigos druidas, a acha de Natal é tradicionalmente de carvalho. Algumas tradições wiccanas usam a acha de pinheiro para simbolizar os deuses agonizantes Attis, Dionísio ou Woden. Antigamente as cinzas da acha de Natal eram misturadas à ração das vacas, para auxiliar numa reprodução simbólica, e eram espargidas sobre os campos para assegurar uma nova vida e uma Primavera fértil.


Pendurar visco sobre a porta é uma das tradições favoritas do Natal, repleta de simbolismo pagão, e outro exemplo de como o Cristianismo moderno adaptou vários dos costumes antigos da Religião Antiga dos pagãos. O visco era considerado extremamente mágico pelos druidas, que o chamavam de "árvore Dourada". Eles acreditavam que ela possuía grandes poderes curadores e concedia aos mortais o acesso ao Submundo. Houve um tempo em que se pensava que a planta viva, que é na verdade um arbusto parasita com folhas coriáceas sempre verdes e frutos brancos revestidos de cera, era a genitália do grande deus Zeus, cuja árvore sagrada é o carvalho. O significado fálico do visco originou-se da idéia de que seus frutos brancos eram gotas do sêmen divino do Deus em contraste com os frutos vermelhos do azevinho, iguais ao sangue menstrual sagrado da Deusa. A essência doadora de vida que o visco sugere fornece uma substância divina simbólica e um sentido de imortalidade para aqueles que o seguram na época do Natal. Nos tempos antigos, as orgias de êxtase sexual acompanhavam freqüentemente os ritos do deus-carvalho; hoje, contudo, o costume de beijar sob o visco é tudo o que restou desse rito.


A tradição relativamente moderna de decorar árvores de Natal é costume que se desenvolveu dos bosques de pinheiro associados à Grande Deusa Mãe. As luzes e os enfeites pendurados na árvore como decoração são, na verdade, símbolos do sol, da lua e das estrelas, como aparecem na árvore Cósmica da Vida. Representam também as almas que já partiram e que são lembradas no final do ano. Os presentes sagrados (que evoluíram para os atuais presentes de Natal) eram também pendurados na árvore como oferendas a várias deidades, como Attis e Dionísio.


Outro exemplo das raízes pagãs das festas de Natal está na moderna personificação do espírito do Natal, conhecido como Santa Claus (o Papai Noel) que foi, em determinada época, o deus pagão do Natal. Para os escandinavos, ele já foi conhecido como o "Cristo na Roda", um antigo título nórdico para o Deus Sol, que renascia na época do Solstício de Inverno.


Colocar bolos nos galhos das macieiras mais velhas do pomar e derramar sidra como uma libação consistiam num antigo costume pagão da época do Natal praticado na Inglaterra e conhecido como "beber à saúde das árvores do pomar". Diz-se que a cidra era um substituto do sangue humano ou animal oferecido nos tempos primitivos como parte de um rito de fertilidade do Solstício do Inverno. Após oferecer um brinde à mais saudável das macieiras e agradecer a ela por produzir frutos, os fazendeiros ordenavam às árvores que continuassem a produzir abundantemente.


Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Solstício do Inverno são o peru assado, nozes, bolos de fruta, bolos redondos de alcaravia, gemada e vinho quente com especiarias.


Incensos: louro, cedro, pinho e alecrim.

Cores das velas: dourada, verde, vermelha, branca.

Pedras preciosas sagradas: olho-de-gato e rubi.

Ervas ritualísticas tradicionais: louro, fruto do loureiro, cardo santo, cedro, camomila, sempre-viva, olíbano, azevinho, junípero, visco, musgo, carvalho, pinhas, alecrim e sálvia.


 Ritual do Sabbat Yule


Comece erguendo um altar voltado para o norte. Em torno dele, trace um círculo com cerca de 3m de diâmetro, usando giz ou tinta branca. Decore o altar com azevinho, visco ou qualquer outra erva sagrada para este Sabbat.


Coloque uma vela de altar branca no centro do altar. à sua esquerda coloque um cálice com vinho tinto ou sidra e um incensório. Qualquer uma das seguintes fragrâncias de incenso é apropriada para esse ritual: louro, cedro, pinho ou alecrim. à direita da vela coloque um punhal consagrado e um prato com sal. Por trás do altar, um galho de carvalho de Natal com 13 velas vermelhas e verdes enfeitando-o.


Pegue o punhal com a mão direita e tire um pouco de sal com a ponta da lâmina. Deixe-o cair no círculo. Repita três vezes e diga: 
ABENÇOADO SEJA ESTE CÍRCULO SAGRADO DO SABBAT EM NOME DO GRANDE DEUS. O SENHOR DIVINO DAS TREVAS E DA LUZ, O DEUS DA MORTE E DE TODAS AS COISAS DO ALÉM, ABENÇOADO SEJA ESTE CÍRCULO SABRADO DO SABBAT EM SEU NOME.


Coloque o punhal de volta em seu lugar no altar. Após acender o incenso e a vela, mais uma vez pegue o punhal com a mão direta. Mergulhe a lâmina no cálice e diga: 
OH GRANDE DEUSA, MÃE TERRA DE TODAS AS COISAS VIVAS, NÓS NOS DESPEDIMOS, POIS VAMOS DESCANSAR. ABENÇOADO SEJA! E NÓS TE DAMOS AS BOAS-VINDAS, OH GRANDES DEUS DA CAÇA, PAI TERRA DE TODAS AS COISAS VIVAS. ABENÇOADO SEJA! ÁGUA, AR, FOGO, TERRA, NÓS CELEBRAMOS O RENASCIMENTO DO SOL. NESTA NOITE ESCURA, A MAIS LONGA, ACENDEMOS O LUME DAS VELAS SAGRADAS.


Coloque o punhal de volta no altar. Pegue o cálice com ambas as mãos e, enquanto o leva aos lábios, diga: 
BEBO ESTE VINHO EM HONRA A TI, OH DEUS DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. AGRADECEMOS A TI PELA LUZ DO SOL. SALVE, OH GRANDE CORNíFERO!


Beba o vinho e coloque o cálice no seu lugar no altar. Acenda as 13 velas no ramo da árvore de Natal e encerre o Ritual do Solstício de Inverno, dizendo: O FOGO DO RAMO SAGRADO DO NATAL ARDE, A GRANDE RODA SOLAR GIRA MAIS UMA VEZ. QUE ASSIM SEJA!


Celebre, com alegria, num banquete com a família e os amigos até que a última vela da árvore se apague.

Fonte: “Wicca – A Feitiçaria Moderna”, de Gerina Dunwich

 

 

Sabbat Candlemas

 

Hemisfério Norte: 2 de Fevereiro

Hemisfério Sul: 1o de Agosto


Também conhecido como Imbolc, Oimelc e Dia da Senhora, Candlemas é o Festival do Fogo que celebra a chegada da Primavera. O aspecto invocado da Deusa nesse Sabbat é o de Brígida, a deusa celta do fogo, da sabedoria, da poesia e das fontes sagradas. Ela também é deidade associada à profecia, à divinação e à cura.


Esse Sabbat representa também os novos começos e o crescimento individual, sendo o "afastamento do antigo" simbolizado pela varredura do círculo com uma vassoura, ou vassoura da bruxa, tradicionalmente realizado pela Alta Sacerdotiza do Coven, que usa uma brilhante coroa de 13 velas no topo de sua cabeça.


Na Europa, o Sabbat Candlemas era celebrado nos tempos antigos com uma procissão à luz de archotes para purificar e fertilizar os campos antes da estação do plantio das sementes e para glorificar as várias deidades e os espíritos associados a esse aspecto, agradecendo-lhes.


A versão cristianizada da procissão de Candlemas honra a Virgem Maria e, no México, ela corresponde ao Ano Novo Asteca.


Incensos: manjericão, mirra e glicínia.

Cores das velas: marrom, rosa, vermelha.

Pedras preciosas sagradas: ametista, granada, ônix, turquesa.

Ervas ritualísticas tradicionais: angélica, manjericão, louro, benjoim, quelidônia, urze, mirra e todas as flores amarelas.


 Ritual do Sabbat Candlemas


Comece erigindo o altar voltado para o norte. Diante dele coloque uma vassoura de palha. Prepare uma coroa com 13 velas vermelhas e coloque-a no centro do altar. Em cada lado da coluna, coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat. à esquerda, um incensório com incenso apropriado e um ramo de sempre-viva. Pode também ser usado um galho da árvore ou da guirlanda do Natal anterior como decoração do altar. à direita coloque um cálice com água (água fresca de chuva ou neve derretida, se possível), um pequeno prato com pó ou areia e um punhal consagrado.


Marque um círculo com cerca de 3m de diâmetro em torno do altar, usando giz ou tinta branca. Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace o círculo na direção destrógira com a espada cerimonial sagrada ou com uma vara de salgueiro dizendo: 
COM O SAL E A ESPADA SAGRADA EU TE CONSAGRO E TE INVOCO, OH CÍRCULO DE SABBAT DE MAGIA E LUZ. NO NOME SAGRADO DE BRÍGIDA E SOB A SUA PROTECÇÃO ESTE RITUAL DE SABBAT AGORA SE INICIA.


Coloque a espada cerimonial no altar diante da coroa de velas. Acenda as duas velas do altar e diga: 
OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREÇO ESTE SÍMBOLO DO FOGO. ASSIM SEJA.

Acenda o incenso e diga: OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREÇO ESTE SÍMBOLO DO AR. ASSIM SEJA.

Peque o punhal com a mão direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no pó ou areia e diga: OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREÇO ESTE SÍMBOLO DA TERRA. ASSIM SEJA.

Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga: OH, DEUSA DO FOGO DA PRIMAVERA, A TI OFEREÇO ESTE SÍMBOLO DA ÁGUA. ASSIM SEJA.


Coloque o punhal de volta no altar. Acenda o ramo de sempre-viva e visualize na sua mente a escuridão do Inverno se desfazendo, sendo substituída pela luz agradável da nova Primavera. Coloque o ramo ardente no incensório e diga: 
ASSIM COMO ESTE SÍMBOLO DO INVERNO é CONSUMIDO PELO FOGO, DA MESMA FORMA A ESCURIDÃO é CONSUMIDA PELA LUZ. ASSIM SEJA.


Acenda a coroa de velas e coloque-a cuidadosamente no topo de sua cabeça. Quando este ritual de Sabbat é realizado por um Coven, é costume o Alto Sacerdote acender as velas e colocar a coroa sobre a cabeça da Alta Sacerdotiza. Pegue o punhal com a mão direita e segure-o sobre seu coração, enquanto diz: 
COMO A DOCE CIBELE, EU USO UMA COROA DE FOGO EM TORNO DA MINHA CABEÇA. COMO DIANA, ABENÇOADA DEUSA DA SABEDORIA, EU ACENDO AS VELAS VERMELHAS PARA FAZER BRILHAR UMA LUZ SOBRE A MINHA PRECE DE PAZ E AMOR SOBRE A TERRA. OUÇAM-ME, OH, ESPÍRITOS DO AR, OS ESPÍRITOS ABAIXO E OS ESPÍRITOS ACIMA. ASSIM SEJA.


Coloque o punhal de volta no altar e termine o rito varrendo o círculo em direção levógira com uma vassoura para desfazê-lo e simbolizar a "destruição" das coisas velhas. Apague as velas e devolva a coroa ao altar.

Fonte:”Wicca – A Feitiçaria Moderna”, de Gerina Dunwich

 

 

Espaço dedicado à Wicca

 

Sabbat Ostara

 

Primeiro dia da primavera (Equinócio da Primavera).
Em 2010, no Hemisfério Sul, ocorre no dia 22/Set à 18h19min (Horário de Brasília

 

O Sabbat do Equinócio da Primavera, também conhecido como Sabbat do Equinócio Vernal, Festival das árvores, Alban Eilir, Ostara e Rito de Eostre, é o rito de fertilidade que celebra o nascimento da Primavera e o redespertar da vida na Terra. Nesse dia sagrado, os Bruxos acendem fogueiras novas ao nascer do sol, se rejubilam, tocam sinos e decoram ovos cozidos - um antigo costume pagão associado à Deusa da Fertilidade.


Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários símbolos mágicos, eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa. Em certas partes do mundo pintavam-se os ovos do Equinócio da Primavera de amarelo ou dourado (cores solares sagradas), utilizando-os em rituais para honrar o Deus Sol.


Os aspectos da Deusa invocados nesse Sabbat são Eostre (a deusa saxônica da fertilidade) e Ostara (a deusa alemã da fertilidade). Em algumas tradições wiccanas, as deidades da fertilidade adoradas nesse dia são a Deusa das Plantas e o Senhor das Matas.


Como a maioria dos antigos festivais pagãos, o Equinócio da Primavera foi cristianizado pela Igreja na Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa (em inglês "Easter", nome derivado da deidade saxônica da fertilidade, Eostre) só recebeu oficialmente esse nome da Deusa após o fim da Idade Média.


Até hoje, o Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo sistema do calendário lunar, que estabelece o dia santo no primeiro domingo após a primeira lua cheia, no ou após o Equinócio da Primavera. (Formalmente isso marca a fase da "gravidez" da Deusa Tríplice, atravessando a estação fértil.) A Páscoa, como quase todas as festividades religiosas cristãs, é enriquecida com inúmeras características, costumes e tradições pagãos, como os ovos de Páscoa e o coelho. Os ovos, como mencionado, eram símbolos antigos de fertilidade oferecidos à deusa dos Pagãos. A lebre era um símbolo de renascimento e ressurreição, sendo animal sagrado para várias deusas lunares, tanto na cultura oriental como na ocidental, incluindo a deusa Ostara, cujo animal era o coelho.


Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio da Primavera são os ovos cozidos, os bolos de mel, as primeiras frutas da estação em ponche de leite. Na Suécia, os "waffles" eram o prato tradicional da época.


Incensos: violeta africana, jasmim, rosa sálvia e morango.

Cores das velas: dourada, verde, amarela.

Pedras preciosas sagradas: ametista, água-marinha, hematita, jaspe vermelho.

Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, quelidônia, cinco-folhas, crocus, narciso, corniso, lírio-da-páscoa, madressilva, íris, jasmim, rosa, morango, atanásia e violetas.


 Ritual do Sabbat Ostara


Comece marcando um círculo de 3m de diâmetro, usando giz ou tinta branca. Monte um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat no centro do altar. à direita (leste), coloque um incensório com o incenso apropriado do Sabbat ou um turíbulo contendo pedaços de carvão aquecidos, sobre o qual a sálvia será queimada. à esquerda (oeste) da vela, coloque uma tigela com ovos cozidos decorados com runas, desenhos de fertilidade e outros símbolos mágicos.


Diante da vela (sul), coloque um punhal e uma espada cerimonial consagrados. Após salpicar um pouco de sal sobre o círculo para purificá-lo, pegue a espada cerimonial e trace o círculo em movimento destrógiro, começando no leste. Enquanto traça, diga:
ABENÇOADO SEJA ESTE CÍRCULO DO SABBAT SOB O NOME DIVINO DE OSTARA, ANTIGA DEUSA DA FERTILIDADE E DA PRIMAVERA. SOB SEU SAGRADO NOME E SOB A SUA PROTECÇÃO ESTE RITUAL DE SABBAT AGORA SE INICIA.


Coloque a espada de volta no altar e, então, acenda a vela e o incenso. Pegue o punhal com a mão direita e ajoelhe-se diante do altar com a lâmina sobre o coração, dizendo:
ABENÇOADA SEJA A DEUSA DA FERTILIDADE, ABENÇOADO SEJA O SEU RITUAL DA ÉPOCA DA PRIMAVERA. ABENÇOADO SEJA O REI-DEUS SOL, ABENÇOADA SEJA A SUA LUZ SAGRADA.


Coloque a lâmina da espada sobre a região do Terceiro Olho em sua testa e diga
: O SOL CRUZOU O EQUADOR CELESTE, TRAZENDO O SOL E A LUA COM A MESMA DURAÇÃO DE HORAS. FINALMENTE A DEUSA DA PRIMAVERA RENASCEU, A SUA BELEZA Dá VIDA ÁS ÁRVORES E ÁS FLORES. ABENÇOADA SEJA A DIVINA DEUSA DAS MATAS. ELA é A CRIADORA DE TODAS AS COISAS VIVAS. ABENÇOADO SEJA O SENHOR DAS MATAS. EU CANTO ESTA CANÇÃO PARA A DEUSA E PARA O DEUS. DESPERTEM, DESPERTEM TODOS E OUÇAM A VOZ DO CHAMADO DA DEUSA. ABENÇOADA SEJA A NOSSA MÃE TERRA, QUE ELA SEJA PREENCHIDA COM PAZ, MAGIA E AMOR. A DEUSA RESPIRA A VIDA. A DEUSA Dá A VIDA. A DEUSA é A VIDA. ELA REINA SUPREMA. ASSIM SEJA!


Encerre o ritual apagando a vela e desfazendo o círculo com a espada cerimonial em movimento levógiro. Os ovos podem ser comidos como parte do banquete do Sabbat do Equinócio da Primavera, e jogam-se conchas numa fogueira ao ar livre ou enterram-nas no chão como oferenda à Mãe Terra.

Fonte:”Wicca – A Feitiçaria Moderna”, de Gerina Dunwich

 

 

Espaço dedicado à Wicca

 

Sabbat Beltane

 

Hemisfério Norte: 1o de Maio

Hemisfério Sul: 31 de Outubro


Também conhecido como Dia 1o de Maio, Dia da Cruz, Rudemas e Walpurgisnacht, o Sabbat Beltane é derivado do antigo Festival Druida do Fogo, que celebrava a união da Deusa ao seu consorte, o Deus, sendo também um festival de fertilidade. Na Religião Antiga, a palavra "fertilidade" significa o desejo de produzir mais nas fazendas e nos campos e não a atividade erótica por si só.


Beltane celebra também o retorno do sol (ou Deus Sol), e é um dos poucos festivais pagãos que sobreviveu da época pré-cristã até hoje e, em sua maior parte, na forma original. é baseado na Floralia, um antigo festival romano dedicado a Flora, a deusa sagrada das flores. Em tempos mais antigos, esse festival era dedicado a Plutão, o senhor romano do Submundo, correspondente do deus Hades da mitologia grega. O primeiro dia de maio era também aquele em que os antigos romanos queimavam olíbano e selo-de-salomão e penduravam guirlandas de flores diante de seus altares em honra aos espíritos guardiães que olhavam e protegiam suas famílias e suas casas.


No dia de Beltane o sol está astrologicamente no signo de Tauros, o Touro, que marca a "morte" do Inverno, o "nascimento" da Primavera e o começo da estação do plantio. Beltane inicia-se, acendendo-se, segundo a tradição, as fogueiras de Beltane ao nascer da lua na véspera de 1o de Maio para iluminar o caminho para o Verão. Realiza-se o ritual do Sabbat em honra à Deusa e ao Deus, seguido da celebração da Natureza, que consiste de banquetes, antigos jogos pagãos, leitura de poesias e canto de canções sagradas. São realizadas várias oferendas aos espíritos elementais, e os membros do Coven dançam de maneira muito alegre, no sentido destrógiro, em torno do Mastro (símbolo fálico da fertilidade). Eles também entrelaçam várias fitas coloridas e brilhantes para simbolizar a união do masculino com o feminino e para celebrar o grande poder fertilizador do Deus. A alegria e o divertimento costumam estender-se até as primeiras horas da manhã, e, ao amanhecer do dia 1o, o orvalho da manhã é coletado das flores e da grama para ser usado em poções místicas de boa sorte.


Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Beltane são frutas vermelhas (como cerejas e morangos), saladas de ervas, ponche de vinho rosado ou tinto e bolos redondos de aveia ou cevada, conhecidos como bolos de Beltane. Na época dos antigos druidas, os bolos de Beltane eram divididos em porções iguais, retirados em lotes e consumidos como parte do rito do Sabbat. Antes da cerimômia, uma porção do bolo era escurecida com carvão, e o infeliz que a retirava era chamado de "bruxo de Beltane", e tornava-se a vítima sacrificial a ser atirada na fogueira ardente.


Nas Terras Altas da Escócia, os bolos de Beltane são usados para adivinhação, sendo atirados pedaços deles na fogueira como oferenda aos espíritos e deidades protetores.


Incensos: olíbano, lilás e rosa.

Cores das velas: verde escuro.

Pedras preciosas sagradas: esmeralda, cornalina laranja, safira, quartzo rosa.

Ervas ritualísticas tradicionais: amêndoa, angélica, freixo, campainha, cinco-folhas, margarida, olíbano, espinheiro, hera, lilás, malmequer, barba-de-bode, prímula, rosas, raiz satyrion, aspérula e primaveras amarelas.


 Ritual do Sabbat Beltane


O Sabbat Beltane dos Bruxos começa oficialmente ao nascer da lua da Véspera de 1o de Maio (ou de Novembro, no hemisfério sul), sendo tradicionalmente realizado no alto de uma montanha onde são acesas as imensas fogueiras de Beltane para iluminar o caminho para o verão e aumentar a fertilidade nos animais, nas sementes e nas casas. (Antigamente as grandes fogueiras da Irlanda, que simbolizavam o Deus Sol doador de vida, eram acesas com a centelha de uma pederneira ou pela fricção de duas varetas.)


Se você planeja festejar Beltane em ambiente fechado, deverá acender o fogo em um local apropriado. Certifique-se de colocar um galho ou ramo de sorveira sobre o fogo para reverenciar os espíritos guardiães de sua casa e sua família, trazendo boa sorte para a casa e mantendo afastados os fantasmas, duendes e fadas malévolos. Se você não tiver lugar apropriado, poderá acender 13 velas verdes-escuras para simbolizar a fogueira de Beltane.


Vista-se com cores brilhantes da Primavera (a não ser que prefira trabalhar sem roupa) e use muitas flores coloridas e de odor forte nos cabelos. Antes de vestir-se para a cerimônia, medite e banhe-se à luz de velas com ervas para limpar seu corpo e sua alma de quaisquer impurezas ou energias negativas.


Comece traçando um círculo de 3m de diâmetro e monte um altar no centro, voltado para o leste. No topo do altar, coloque duas estatuetas para representar a Deusa da Fertilidade e Seu consorte, o Deus Cornífero. Ao lado de cada uma delas, um incensório contendo olíbano e selo-de-salomão. No lado direito do altar, coloque um punhal consagrado e um cálice cheio de vinho. Acenda 13 velas verdes-escuras em torno do círculo.


Prepare uma coroa de flores do campo que florescem na Primavera, tais como margaridas, prímulas, primaveras ou malmequeres, e coloque-a no altar diante dos símbolos da Deusa e do Deus. Pode ser colocado um pequeno mastro decorado (com cerca de 1m de altura) à direita do altar, enfeitado com flores e fitas de cores brilhantes.


Ajoelhe-se diante do altar. Acenda as velas e o incenso. Feche os olhos, concentre-se na imagem divina da Deusa e do Deus, e diga: 
EM HONRA à DEUSA E AO DEUS CORNíFERO, E SOB A SUA PROTECÇÃO, INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.


Abra os olhos. Pegue o punhal que está no altar, cumprimente com ele o leste, e diga
: OH, DEUSA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES, A TI EU CONSAGRO ESTE CÍRCULO.

Segure o punhal em saudação na direção sul e diga: ABENÇOADA SEJA A VIRGEM DA PRIMAVERA, PARA ELA EU CANTO ESTA PRECE DE AMOR. ELA TORNA VERDE AS FLORESTAS E OS PRADOS, OH, DEUSA DA NATUREZA, ELA REINA SUPREMA.


Segure o seu punhal em saudação ao oeste, e diga: 
OLÍBANO E SELO-DE-SALOMÃO, GRAÇAS A ELA QUE FAZ GIRAR A RODA!


Segure o punhal e saúde o norte, dizendo: 
ABENÇOADO SEJA O SENHOR DA PRIMAVERA, PARA ELE EU CANTO A PRECE DO AMOR. DEUS DIVINO DAS TREVAS, DEUS DIVINO DA LUZ, ESTA NOITE EU CELEBRO OS SEUS PODERES FERTILIZANTES.


Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a coroa de flores do campo e coloque-a no alto de sua cabeça. Quando esse ritual é realizado por um Coven, o costume é que o Alto Sacerdote a coloque sobre a cabeça da Alta Sacerdotiza. Ajoelhe-se diante do altar, olhando para as imagens das deidades pagãs da fertilidade.

Abra os braços e diga: ESPÍRITOS DA ÁGUA E DO AR, EU PEÇO QUE OUÇAM A MINHA PRECE: QUE O CÉU E O MAR PERMANEÇAM LIMPOS, QUE A TERRA SEJA FÉRTIL E VERDE. ESPÍRITOS DO FOGO, ESPÍRITOS DA MÃE TERRA, QUE O MUNDO SEJA ABENÇOADO COM PAZ, AMOR E ALEGRIA.


Pegue o cálice de vinho e levante-o com o braço esticado, e, enquanto derrama algumas gotas no chão, como libação à Deusa e ao Deus, feche os olhos e diga: 
QUEIMEM OS FOGOS SAGRADOS DE BELTANE, ILUMINEM O CAMINHO PARA O RETORNO DO SOL. AS TREVAS DO INVERNO DEVEM AGORA TERMINAR, A GRANDE RODA DA VIDA GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA.


Beba o resto do vinho do cálice e, então, coloque-o de volta no altar. Apague as velas, mas deixe que o incenso termine de queimar. O ritual está agora completo, devendo ser seguido de um banquete, de cantos e danças na direção do movimento do sol em torno da fogueira de Beltane ou do mastro decorado para simbolizar a união divina da Deusa com o Deus.

Fonte:”Wicca – A Feitiçaria Moderna”, de Gerina Dunwich

 

 

Sabbat Litha

 

Primeiro dia do verão (Solstício do Verão).

Em 2010, no Hemisfério Sul, ocorre no dia 21/Dez às 14h47min

(Horário de Brasília, não considerando o Horário de Verão).

 


O Solstício do Verão (ou Meio do Verão, Alban Hefin ou Litha), também conhecido como Dia de São João, na Europa, marca do dia mais longo do ano, quando o Sol está no seu zênite. Para os Bruxos e os Pagãos, esse dia sagrado simboliza o poder do sol, que marca um importante ponto decisivo da Grande Roda Solar do Ano, pois, após o Solstício do Verão, os dias se tornam visivelmente mais curtos.


Em certas tradições wiccanas, o Solstício do Verão simboliza o término do reinado do ano crescente do Deus Carvalho, que é, então, substituído pelo seu sucessor, o Deus Azevinho do ano decrescente. (O Deus Azevinho reinará até o Sabbat do Inverno do Natal, o dia mais curto do ano.)


O Solstício do Verão é uma época tradicional, em que os Bruxos colhem as ervas mágicas para encantamentos e poções, pois acredita-se que o poder inato das ervas é mais forte nesse dia. é o momento ideal para as divinações, os rituais de cura e o corte de varinhas divinas e dos bastões. Todas as formas de magia (especialmente as do amor) são também extremamente potentes na véspera do Solstício do Verão, e acredita-se que aquilo que for sonhado nessa noite se tornará verdade para quem sonhar.


Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Solstício do Verão são vegetais frescos, frutas do verão, pão de centeio integral, cerveja e hidromel.


Incensos: olíbano, limão, mirra, pinho, rosa e glicínia.

Cores das velas: azul, verde.

Pedras preciosas sagradas: todas as pedras verdes, especialmente a esmeralda e o jade.

Ervas ritualísticas tradicionais: camomila, cinco-folhas, sabugueiro, funcho, cânhamo, espera, lavanda, feto masculino, artemísia, pinho, rosas, erva-de-são-joão, tomilho selvagem, glicínia e verbena.


Ritual do Sabbat Litha


O ritual que se segue é tradicionalmente realizado pelos Bruxos numa clareira na floresta, num grande jardim afastado, no topo de uma colina ou em qualquer outro lugar da Natureza. Comece arrumando pedras no chão para formar um grande círculo com cerca de 3m de diâmetro. Com uma espada cerimonial consagrada ou uma longa vareta de madeira (preferivelmente uma vara de sorveira recentemente cortada), trace o símbolo poderoso e altamente mágico de um pentáculo (estrela de cinco pontas) dentro de círculo de pedras. Acenda cinco velas verdes para simbolizar os poderes da Natureza e a fertilidade, e coloque uma em cada ponta do pentagrama, começando pelo leste e continuando em movimento destrógiro.


Monte um altar ou coloque uma pedra grande e achatada no centro do pentagrama voltada para o norte, como um altar, e, sobre ela, uma estátua representando a Deusa. Em cada lado dela, acenda uma vela branca de altar. No ponto cardeal correspondente ao Ar, coloque um sino de latão, consagrado, e um incensório de olíbano com incenso de mirra. No ponto cardeal correspondente à Água, coloque um cálice com vinho, um pequeno prato com sal e uma pequena tigela com água (preferivelmente água fresca da chuva).

 

Observação:
A associação dos elementos com os quadrantes não é um modelo fixo, apenas um padrão.
As conexões com os quadrantes varia muito de lugar para lugar, de tradição para tradição. Existe a associação "padrão" Norte-Terra, Sul-Fogo, Oeste-Água e Leste-Ar porque para os europeus:
. o Norte é a terra escura, misteriosa, de onde "vinham os deuses"
. o Sul é de onde vem o calor, pois é onde fica a linha do Equador para eles
. o Oeste tem o oceano (água)
. o Leste traz os ventos do continente

Foi assim que eles fizeram essas relações. Nada impede que cada pessoa, tradição ou coven modifique isso de acordo com o lugar em que estão. Por exemplo, no Brasil faria mais sentido, seguindo as mesmas associações acima, o Fogo ao Norte, a Terra ao Sul, a Água a Leste e o Ar a Oeste. O que importa é manter as oposições: Terra/Fogo e Água/Ar.



Abençoe o vinho, cobrindo o cálice com as palmas das mãos, enquanto diz: EU CONSAGRO E ABENÇÔO ESTE VINHO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA.

Salpique um pouco de sal e algumas gotas de água sobre o sino de latão, para abençoá-lo, e diga: COM SAL E ÁGUA EU CONSAGRO E ABENÇÔO ESTE SINO SOB O NOME DIVINO DA DEUSA. ABENÇOADO SEJA.


Acenda o olíbano e a mirra. Levante os braços para o céu, feche os olhos e preencha a sua mente com pensamentos e visões agradáveis da Deusa Mãe, enquanto diz: 
OH, ABENÇOADA MÃE TERRA, DEUSA-VENTRE, CRIADORA DE TUDO, A TI É CONSAGRADO ESTE CÍRCULO SAGRADO. EM TEU NOME SAGRADO E SOB A TUA PROTEÇÃO INICIA-SE ESTE RITUAL DO SABBAT.


Faça soar o sino três vezes e invoque: 
ESPÍRITO FEMININO SAGRADO DO AR, VIRGEM DO FOGO, BELA E FORMOSA, MÃE TERRA, DOADORA DE VIDAS, ANCIÃ DA ÁGUA, SEM IDADE E SÁBIA, EU INVOCO A TUA DIVINA IMAGEM.

Coloque o sino de volta no altar de pedra e, então, com ambas as mãos. Leve o cálice de vinho aos lábios. Beba um pouco dele e derrame o restante no centro do pentagrama, como libação à Deusa, enquanto diz: EU DERRAMO ESTE VINHO ABENÇOADO COMO UMA OFERENDA A TI, OH GRACIOSA DEUSA DO AMOR, DA FERTILIDADE E DA VIDA.


Coloque o cálice vazio de volta no altar. Novamente faça soar o sino três vezes e diga: 
COM O SOL NO SEU ZÊNITE EU REALIZO ESTE RITUAL DO SOLSTÍCIO EM HONRA A TI, OH GRANDE DEUSA. E EM TEU SAGRADO NOME EU AGORA DOU GRAÇAS. À MEDIDA QUE OS DIAS BRILHANTES COMEÇAM A ENFRAQUECER O TEU AMOR DIVINO E OS TEUS PODERES DE CURA CRESCEM MAIS FORTES.


Ajoelhe-se diante do altar. Ofereça mais incenso. Faça soar o sino em honra à Deusa e, então, diga em voz alta e em tom alegre: 
ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA! A DEUSA É VIDA. A DEUSA É AMOR, ELA FAZ GIRAR A GRANDE RODA SOLAR QUE MUDA AS ESTAÇÕES E TRAZ NOVA VIDA PARA O MUNDO. ABENÇOADA SEJA A DEUSA! ABENÇOADA SEJA A DEUSA! A DEUSA É A LUA E AS ESTRELAS. A DEUSA É O CICLO DAS ESTAÇÕES. ELA É A VIDA, ELA É A MORTE, ELA É O RENASCIMENTO. ELA É O DIA, ELA É A NOITE, ELA É A ESCURIDÃO, ELA É A LUZ, ELA É TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. ASSIM SEJA.


O Ritual do Solstício do Verão deve ser seguido de um banquete de alegria e do canto feliz de músicas folclóricas mágicas pagãs e/ou da recitação de poesia inspirada na Deusa. O Solstício do Verão é o momento tradicionalmente propício à colheita de ervas mágicas para encantamentos e poções (especialmente as da magia do amor). é também o tempo ideal para realizar divinações e rituais de cura, e para cortar varetas e bastões de divinação.

Fonte: “Wicca – A Feitiçaria Moderna”, de Gerina Dunwich

 

Sabbat Lammas

 

Hemisfério Norte: 1o de Agosto

Hemisfério Sul: 2 de Fevereiro


Conhecido como Lughnasadh, Véspera de Agosto e Primeiro Festival da Colheita, o Sabbat Lammas é o Festival da Colheita. Nesse Sabbat (que marca o início da estação da colheita e é dedicado ao pão), os Bruxos agradecem aos deuses pela colheita com várias oferendas às deidades para assegurar a continuação da fertilidade da terra, e honram o aspecto da fertilidade da união sagrada da Deusa e do Deus.


Lammas era originalmente celebrado pelos antigos sacerdotes druidas como o festival de Lughnasadh. Nesse dia sagrado, eles realizavam rituais de proteção e homenageavam Lugh, o deus celta do sol. Em outras culturas pré-cristãs, Lammas era celebrado como o festival dos grãos e o dia para cultuar a morte do Rei Sagrado.


A confecção de bonecas de milho (pequenas figuras feitas com palha trançada) é um antigo costume pagão realizado por muitos Bruxos modernos como parte do rito do Sabbat Lammas. As bonecas (ou bebês da colheita, como são chamadas algumas vezes) são colocadas no altar do Sabbat para simbolizar a Deusa Mãe da colheita. é costume, em cada Lammas, fazer (ou comprar) uma nova boneca de milho e queimar a anterior (do ano passado) para dar boa sorte.


Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat Lammas são pães caseiros (trigo, aveia e, especialmente, milho), bolos de cevada, nozes, cerejas silvestres, maçãs, arroz, cordeiro assado, tortas de cereja, vinho de sabugueiro, cerveja e chá de olmo.


Incensos: aloé, rosa e sândalo.

Cores das velas: laranja e amarela.

Pedras preciosas sagradas: aventurina, citrino, peridoto e sardônia.

Ervas ritualísticas tradicionais: flores da acácia, aloé, talo de milho, ciclame, feno grego, olíbano, urze, malva-rosa, murta, folhas do carvalho, girassol e trigo.


Ritual do Sabbat Lammas


Comece marcando um círculo com cerca de 3m de diâmetro. Erga um altar no centro do círculo, voltado para o norte. Sobre ele, coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat. à esquerda (oeste) da vela, coloque um cálice com água (preferivelmente água fresca de chuva ou água de uma fonte de montanha) e uma bandeja ou prato à prova de fogo, contendo uma boneca nova de milho e uma do Sabbat Lammas do ano anterior. à direita (leste da vela), coloque um incensório com incenso de sândalo ou de rosa, e um prato com sal, pó ou areia para representar o elemento Terra. Diante da vela (sul) coloque um punhal consagrado e uma espada cerimonial consagrada.


Salpique um pouco de sal para consagrar o círculo e, então, começando pelo leste, trace o círculo com a ponta da espada cerimonial, movendo-a de modo destrógiro, enquanto diz
: COM O SAL E A ESPADA SAGRADA EU CONSAGRO E TE INVOCO, OH CÍRCULO DE MAGIA E LUZ DO SABBAT. SOB O NOME SAGRADO DA DEUSA E SOB A SUA PROTECÇÃO INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.


Coloque de volta no altar a espada cerimonial. Acenda a vela e diga: 
NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO FOGO.


Acenda o incenso e diga: 
NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO AR.


Segure o punhal na mão direita e, com a ponta da lâmina, trace um pentáculo (estrela de cinco pontas) no sal, pó ou areia e diga
: NESTE CíRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO TERRA.


Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e diga: 
NESTE CÍRCULO CONSAGRADO DO SABBAT EU VOS CONJURO, AGORA, OH ESPÍRITOS SAGRADOS DO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO ÁGUA.


Coloque o punhal de volta no altar. Pegue a boneca nova de milho e coloque-a à direita da vela, e diga: 
OH SENHORA DA COLHEITA, EU TE AGRADEÇO POR NOS SUSTENTAR NAS PRÓXIMAS ESTAÇÕES E PELA GENEROSIDADE DESTA COLHEITA. ASSIM SEJA.


Pegue a antiga boneca de milho e queime-a na chama da vela. Coloque-a na bandeja ou prato à prova de fogo. Enquanto ela queima, recite o seguinte verso mágico do Sabbat:
SENHORA DA COLHEITA DO PASSADO, QUEIME AGORA. à DEUSA VÓS DEVEIS VOLTAR. ABENÇOAI-ME COM A SORTE E O AMOR DO DEUS E DA DEUSA ACIMA. ASSIM SEJA!


Encerre o ritual afastando os espíritos elementais, apagando a vela e desfazendo o círculo em movimento levógiro com a espada cerimonial. Enterre as cinzas da antiga boneca de milho, como oferenda à Mãe Terra, e guarde a boneca nova para o próximo Sabbat Lammas.

Fonte: “Wicca – A Feitiçaria Moderna”, de Gerina Dunwich

 

 

Espaço dedicado à Wicca

 

Sabbat Mabon

 

Primeiro dia do Outono (Equinócio do Outono).

Em 2010, no Hemisfério Sul, ocorre no dia 20/Mar às 08h44min (Horário de Brasília).

 

O Sabbat do Equinócio do Outono (também conhecido como Sabbat de Outono, Mabon e Alban Elfed), é o Segundo Festival da Colheita e a época de celebrar o término da colheita dos grãos que começou em Lammas. Também é a época de agradecer, meditar e fazer uma introspecção.


Nesse dia sagrado, os Bruxos dedicam-se novamente à Arte, sendo realizadas cerimônias de iniciação pela Alta Sacerdotiza e pelos Sacerdotes dos Covens. Muitas tradições wiccanas realizam um rito especial para a descida da deusa Perséfone ao Submundo, como parte da celebração do Equinócio do Outono. De acordo com o mito antigo, no dia do Equinócio de Outono, Hades (o deus grego do Submundo) encontrou-se com Perséfone, que colhia flores. Ficou tão encantado com sua beleza jovem que, instantaneamente, se apaixonou por ela, Agarrou-a, raptou-a e levou-a em sua carruagem para a escuridão do seu reino a fim de governar eternamente ao seu lado como sua imortal Rainha do Submundo. A deusa Deméter procurou, por todos os lugares, sua filha levada à força, e, não a encontrando, seu sofrimento foi tão intenso que as flores e as árvores murcharam e morreram. Os grandes deuses do Olimpo negociaram o retorno de Perséfone; porém, enquanto ela estava com Hades, foi enganada e comeu uma pequena semente de romã, tendo, então, que passar metade de cada ano com Hades no Submundo, por toda a eternidade.


Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio do Outono são os produtos do milho e do trigo, pães, nozes, vegetais, maçãs, raízes (cenouras, cebolas, batatas, etc.), cidra e romãs (para abençoar a jornada de Perséfone ao tenebroso reino do Submundo).


Incensos: benjoim, mirra, sálvia, flor do maracujá e papoulas vermelhas.

Cores das velas: marrom, verde, laranja, amarela.

Pedras preciosas sagradas: cornalina, lapis-lazuli, safira, ágata amarela.

Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, áster, benjoim, fetos, madressilva, malmequer, plantas de sumo leitoso, mirra, folhas do carvalho, flor do maracujá, pinho, rosas, salva, selo-de-salomão e cardo.


Ritual do Sabbat Mabon


Comece fazendo um círculo com cerca de 3m de diâmetro. No centro, erga um altar voltado para o norte. Sobre ele coloque uma vela da cor apropriada do Sabbat, um cálice com água, uma faca, um prato de sal, pó ou areia, um sino de altar consagrado e um incensório.


Enfeite o altar com a decoração tradicional sagrada, como bolotas, pinhas, malmequeres, rosas brancas e cardo. As flores poderão ser arrumadas em buquês ou guirlandas para o altar ou para o círculo, ou reunidas em uma coroa colocada no alto da cabeça.


Salpique um pouco de sal dentro do círculo e, então, trace-o com uma espada cerimonial consagrada ou com uma vareta, dizendo: 
COM SAL E A ESPADA CONSAGRADA EU CONSAGRO E TRAÇO ESTE CÍRCULO DO SABBAT SOB O NOME DIVINO DA DEUSA E SOB A SUA PROTECÇÃO. INICIA-SE AGORA ESTE RITUAL DO SABBAT.


Acenda a vela e o incenso. Toque três vezes o sino do altar com a mão esquerda para iniciar o Ritual do Equinócio e conjurar os espíritos elementais. Pegue o punhal com a mão direita, volte-se para o leste e diga: 
OH SAGRADOS SILFOS DO AR E REIS ELEMENTAIS DO LESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.


Volte-se para o sul e diga: 
OH SAGRADAS SALAMANDRAS DO FOGO E REIS ELEMENTAIS DO SUL, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.


Volte-se para o oeste e diga: 
OH SAGRADAS ONDINAS DA ÁGUA E REIS ELEMENTAIS DO OESTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.


Volte-se para o norte e diga: 
OH SAGRADOS GNOMOS DA TERRA E REIS ELEMENTAIS DO NORTE, EU VOS CONJURO E ORDENO A VIR E PARTILHAR DESTE RITUAL DO SABBAT NESTE CÍRCULO CONSAGRADO.


Toque três vezes o sino e coloque-o de volta no altar. Estique o braço direito, aponte a ponta do punhal para o céu e diga: 
AR, FOGO, ÁGUA, TERRA, VENTRE DA VIDA, MORTE PARA RENASCER. A GRANDE RODA DAS ESTAÇÕES GIRA, O FOGO SAGRADO DO SABBAT QUEIMA. SOMOS TODOS CRIANÇAS DA DEUSA. E PARA ELA DEVEMOS RETORNAR.


Mergulhe a lâmina do punhal no cálice com água e, depois, no prato de sal, pó ou areia e diga: 
ABENÇOADA SEJA A DEUSA DO AMOR, CRIADORA DE TODAS AS COISAS SELVAGENS E LIVRES. O CALOR DO VERÃO DEVE AGORA TERMINAR. A GRANDE RODA SOLAR GIROU NOVAMENTE. QUE ASSIM SEJA!


Toque três vezes o sino do altar para encerrar o rito, afaste os espíritos elementais e agradeça à Deusa. Desfaça o círculo de maneira levógira com a espada cerimonial ou com a vareta.

Fonte: “Wicca – A Feitiçaria Moderna”, de Gerina Dunwich

 

 

Os Esbats

 

Além dos oitos Sabbats, os povos celtas celebravam também os Esbats, ou seja, as treze luas cheias ao longo do ano solar. A lua cheia foi venerada durante milênios por grupos de homens e mulheres, reunidos nos bosques, nas montanhas ou na beira da água, como a manifestação visível do princípio cósmico feminino, na forma das deusas lunares ou da Vovó Lua. Com o advento das religiões patriarcais, houve uma divisão na vida religiosa familiar. Os homens passaram a reverenciar os deuses – solares e guerreiros -, enquanto que as mulheres continuavam se reunindo para celebrar a lua cheia e honrar a Grande Mãe. A cristianização forçada e, principalmente, as perseguições dos "caçadores de bruxas" durante os oito séculos de Inquisição, procuraram erradicar a "adoração pagã da Lua" e os Esbats foram considerados orgias de bruxas e manifestações do demônio.


A palavra Esbat deriva do verbo esbattre, em francês arcaico, significando "alegrar-se", pois essas celebrações não eram tão solenes como os Sabbats, proporcionando, além dos trabalhos mágicos, uma atmosfera jovial. Há também uma semelhança com a palavra "estrus" – o ciclo lunar de fertilidade -, reforçando a idéia da repetição mensal dessas comemorações.


Durante os Esbats, reverencia-se a força vital criativa, geradora e sustentadora do universo, manifestada como a Grande Mãe. A noite de lua cheia ou o plenilúnio, é o auge do poder da Deusa, sendo o momento adequado para rituais de cura e trabalhos mágicos. Usam-se altares – simples ou elaborados – com os símbolos da Deusa e acrescentam-se os elementos específicos da lunação. Além dos rituais, há cantos, danças, contam-se histórias e fazem-se meditações. No final, comemora-se repartindo pão ou bolo e bebendo-se vinho, suco ou chá, brindando à Lua e ofertando um pouco à natureza em sinal de gratidão à Mãe Terra. O pão sempre simbolizou o alimento tirado da terra, enquanto que o vinho favorecia a atmosfera de alegria e descontração.


Atualmente, os plenilúnios são comemorados não somente pelos grupos estruturados da Wicca (os covens), neo-pagã ou xamânica, mas também por grupos de mulheres ou pelos "solitários". A Deusa está cada vez mais presente na vida e na alma das mulheres, os raios prateados da Lua realçando suas múltiplas faces.


Na Antiga Tradição, nas reuniões praticadas por covens ou individualmente, o ponto máximo do Esbat é o ritual de "Puxar a Lua", ou seja, imantar uma sacerdotisa ou mulher com a energia da Deusa. O objetivo desse ritual é triplo: primeiro, procura-se a união com a Deusa para compreender melhor seus mistérios; segundo, busca-se imantar o espaço sagrado com a energia mágica da Deusa e, em terceiro lugar, objetiva-se o equilíbrio dos ritmos lunares das mulheres e o aumento da fertilidade, física e mental. Para atrair a energia da Lua, usa-se o punhal ritualístico (átame) ou um bastão consagrado, direcionando-o para um cálice com água. Invoca-se a Deusa e expõe-se seu pedido ou, simplesmente, entra-se em contato com sua essência, deixando-a penetrar em todo seu ser. Fundir-se com a energia da Deusa é um ato de realização espiritual e jamais deve ser usado com fins egoístas, forjando mensagens ou avisos "recebidos" durante o ritual. Quando o propósito é sincero e o coração puro, a experiência é sublime e comovente. Após um tempo de interiorização e contemplação, tornam-se alguns goles da água "lunarizada" e despeja-se o resto sobre a terra, para "fertilizá-la". Como em outros rituais, os Esbats devem ser feitos após invocar-se os Guardiões das direções e os elementos correspondentes, criando-se o círculo mágico.


Além desse ritual tradicional e formal, pode-se celebrar o plenilúnio de forma mais complexa e criativa, usando-se os conhecimentos astrológicos da polaridade Sol-Lua. Durante a lua cheia, a Lua se encontra no signo oposto ao do Sol, estabelecendo-se, assim, um eixo de complementação. Em certos grupos mistos, trabalha-se a polaridade Sol-Lua reverenciando-se o casal divino, representado por deuses solares e deusas lunares, escolhidos conforme as características astrológicas e espirituais do mês.

 

 

 

ADHORAT WICCANING

 

 

 

Ritual de bruxaria correspondente ao batismo cristão

 

Os cristãos, quando baptizam seus filhos, o fazem em geral com a intenção de compromissá-los com o cristianismo, de preferência perpetuamente - e ao próprio ramo particular de cristianismo dos pais. Espera-se via de regra que os filhos endossarão tal compromisso, ratificando-o quando tiverem idade suficiente para aquiescer conscientemente (embora sem maturidade para discernir). Para sermos justos, esses pais - quando não estão meramente acatando uma convenção social - amiúde assim agem porque sinceramente acreditam que isso é essencial para a segurança das almas de seus filhos. Foram ensinados a crer nisso e frequentemente mediante o medo.

 

Essa crença segundo a qual existe apenas um tipo de ingresso para o céu e que um bebé precisa recebê-lo com toda a rapidez para sua própria segurança é, evidentemente, estranha a Wicca. A crença de bruxas e bruxos na reencarnação a nega em todos os casos. Mas, independentemente disto, feiticeiras e feiticeiros sustentam o ponto de vista que era virtualmente universal antes da era do monoteísmo patriarcal, a saber, que todas as religiões são diferentes sendas de expressão das mesmas verdades e que a validade delas para qualquer indivíduo depende da natureza e das necessidades deste.

 

Uma cerimónia Wiccaning para a criança de uma família de bruxos não compromete, portanto, a criança com nenhuma senda em particular, mesmo uma pertencente a Wicca. É similar a um baptizado no sentido em que invoca a protecção divina para a criança e ritualmente afirma o amor e o cuidado com os quais a família e os amigos desejam cercar o recém-chegado. Difere de um baptizado no fato de especificamente reconhecer que, à medida que a criança se transforma num adulto, decidirá, e realmente terá que decidir, sobre sua própria senda.

 

Wicca é, acima de tudo, uma RELIGIÃO NATURAL - de modo que pais-bruxostentarão naturalmente comunicar a seus filhos a alegria e realização que sua religião lhes proporciona, a família toda partilhando inevitavelmente do modo de vida vinculado a essa religião. Partilhar é uma coisa, impor ou ditar é outra, e longe de assegurar a "salvação" de uma criança, pode muito bem retardá-la - isto se, tal como as feiticeiras, você encarar a salvação não como uma espécie de transacção instantânea, mas como um desenvolvimento ao longo de muitas existências.

 

Compomos nosso ritual de Wiccaning dentro desse espírito e achamos que a maioria das bruxas e bruxos concordarão com tal postura.

 

Sabíamos que a idéia de Ter padrinhos - amigos adultos que manterão um interesse pessoal no desenvolvimento da criança - era uma idéia justificadamente popular e sentimos que uma cerimónia de Wiccaningdeveria adoptá-la também. A princípio chamamos esses amigos adultos de "Patrocinadores", a fim de evitar uma confusão com respeito à prática cristã. Mas reconsiderando o assunto posteriormente, percebemos que "patrocinador era uma palavra fria e que não havia motivo algum para que "padrinho" e "madrinha" (desde que god abarcasse goddess/ Padrinho em inglês éGODfather e madrinha GODmother) não servissem a bruxas e bruxos tanto como servem os cristãos. Afinal de contas, consideradas as diferenças de crença (e Deus sabe quanto os cristãos diferem entre si), inclusive a diferença de postura que já mencionamos, a função é a mesma.

 

Os padrinhos não têm de ser eles mesmos necessariamente bruxos, o que cabe aos pais decidir. Mas precisam, ao menos, simpatizar com a intenção do ritual e tê-lo lido integralmente de antemão, para assegurar que possam fazer as necessárias promessas com toda sinceridade (o mesmo se aplica, afinal, a bruxos e bruxas convidados por amigos cristãos para serem padrinhos num baptismo cristão).

 

Se a Grã Sacerdotisa e/ou o Grão Sacerdote se prestam eles próprios a serem padrinhos, farão as promessas um ao outro nos momentos apropriados, durante o ritual.

 

Preparação

 

Se os membros do coven normalmente actuarem despidos, a decisão se assim participarão do ritual ou se farão vestidos caberá aos pais da criança. Num caso ou noutro, a Grã Sacerdotisa usará símbolos da Lua, e o Grã Sacerdote símbolos do Sol.

 

O círculo é marcado com flores e folhas verdes e o caldeirão colocado no centro, preenchido com as mesmas flores e folhas e talvez também de frutos. Coloca-se à disposição, no altar, óleo de consagração. Somente incenso leve deve ser usado - preferivelmente sob forma de bastão. Os presentes para a criança são postos ao lado do altar, bem como o alimento e as bebidas para uma pequena festa no círculo, depois do ritual.

 

Os pais devem escolher antecipadamente um "nome oculto" para a criança (isto é, em grade parte, para o próprio benefício da criança; crescendo numa família de bruxos, ele ou ela quase certamente apreciará ter um nome de bruxo ou bruxa particular tal como têm mamãe e papai - e se não for o caso, poderá ser discretamente esquecido até que e a menos que seu detentor queira usá-lo novamente).

 

O Ritual Para uma Menina

 

O Ritual de Abertura é realizado normalmente até o fim da invocação do "Grande Deus Cernunnos", excepto pelo fato de que todos, inclusive os pais e a criança, se colocam no círculo antes do traçado, sentamos num semicírculo próximos do caldeirão e olhando para o altar - cedendo lugar à Grã Sacerdotisa, para que esta trace o círculo em torno deles. Somente a Grã Sacerdotisa e o Grão Sacerdote ficam em pé para conduzir o Ritual de Abertura.

 

Para reduzir movimento excessivo, que poderia amedrontar a criança, a Grã Sacerdotisa traça o círculo com seu athame, e não com a espada, e ninguém se move com ela, ou imita seus gestos quando ela invoca os Senhores das Atalaias. Ela e o Grão Sacerdote carregam os elementos em torno.

 

Após a invocação do Grande Cernunnos, a Grã Sacerdotisa e o Grão Sacerdote consagram o vinho. Não o experimental, mas colocam o cálice no altar.

 

O Grão Sacerdote, em seguida, posta-se diante do altar, encarando o caldeirão. A Grã Sacerdotisa fica pronta para entregar-lhe o óleo, o vinho e a água.

 

O Grão Sacerdote diz:

 

"Estamos reunidos neste círculo para pedir a bênção do poderoso deus e da gentil deusa para ______________ (nome da menina), a filha de ______________ e ______________, de modo que ela possa crescer em beleza e força, em alegria e sabedoria. há muitas sendas, e cada um tem de encontrar a sua, e portando não buscamos ligar ______________ (nome da menina) à nenhuma senda, enquanto ela é ainda demasiadamente jovem para escolher. 
Preferimos pedir ao deus e a deusa, que conhecem todas as senda e aos quais todas as senda conduzem, para abençoá-la, protegê-la e prepará-la ao longo dos anos de sua infância, de sorte que, quando finalmente for verdadeiramente adulta, saiba ela sem alimentar dúvidas ou medo qual sua senda e passe a trilhá-la com contentamento.

 

_________, mãe de __________ (nome da menina), adianta-se com ela para que possa ser abençoada."

 

O pai ajuda a mãe a se levantar e ambos levam a criança ao Grão Sacerdote, que a toma em seus braços. Ele pergunta:

 

______________ , mãe de _________ (nome da menina),possui esta tua criança também um nome oculto?

 

A mãe responde:

 

Seu nome oculto é ______________

 

O Grão Sacerdote, então, unta a criança na testa com óleo, fazendo a marca de um pentagrama e dizendo:

 

Eu unto a ti, ______________ (dizer o nome comum), com óleo e te dou o nome oculto de ______________.

 

Ele repete a acção com o vinho, dizendo:

 

Eu unto a ti, ______________ (dizer nome oculto), com vinho em nome do poderoso deus Cernunnos.

 

Repete a acção com a água dizendo:

 

Eu unto a ti, ______________ (dizer nome oculto), com água em nome da gentil deusa Aradia.

 

O grão sacerdote devolve a criança à sua mãe e, então conduz os pais e a criança a cada uma das atalaias, dizendo:

 

Vós senhores das atalaias leste (sul, oeste, norte), com efeito apresentamos a vós ______________ (nome comum), cujo nome oculto é ______________ (dizer nome oculto) e que foi devidamente ungida dentro do círculo de wicca.escutai, portanto, que ela se acha sob a protecção de Cernunnos e Aradia.

 

O Grão Sacerdote e a Grã Sacerdotisa tomam seus lugares voltados para o altar, com os pais e a criança entre eles. Erguem seus braços e invocam cada um por sua vez:

 

Grão Sacerdote: poderoso Cernunnos, concede a esta criança o dom da força;

 

Grã Sacerdotisa: gentil Aradia, concede a esta criança o dom da beleza;

 

Grão Sacerdote: poderoso Cernunnos, concede a esta criança o dom da sabedoria;

 

Grã Sacerdotisa: gentil Aradia, concede a esta criança o dom do amor;

 

O Grão Sacerdote, a Grã Sacerdotisa e os pais se voltam para encarar o centro do círculo, e o grão sacerdote então pergunta:

 

Há duas pessoas no círculo que se apresentariam como padrinhos de______________ ?

 

(obs.: se o sacerdote e a sacerdotisa estão se apresentando como padrinhos, ele perguntará, em lugar disso: há alguém no círculo que se apresentará comigo, como padrinhos de_______? e a sacerdotisa responderá: eu me juntarei a vós. em seguida eles olharão um para o outro e trocarão as perguntas e promessas).

 

Os padrinhos deverão se adiantar e ficar de pé, a madrinha encarando o sacerdote e o padrinho encarando a sacerdotisa.

 

O sacerdote pergunta para a madrinha:

 

Tu, ______________ prometes ser uma amiga de ______________ ao longo de sua infância, no sentido de ajudá-la e guiá-la da maneira que ela necessitar; e de acordo com seus pais por ela zelar e amá-la como se fosse de teu próprio sangue até que pela graça de Cernunnos e Aradia ela esteja pronta para escolher sua própria senda?

 

A madrinha responde:

 

Eu, ______________ assim prometo.

 

A Grã Sacerdotisa pergunta ao padrinho:

 

Tu, ______________ prometes ser uma amiga de ______________ ao longo de sua infância, no sentido de ajudá-la e guiá-la da maneira que ela necessitar; e de acordo com seus pais por ela zelar e amá-la como se fosse de teu próprio sangue até que pela graça de Cernunnos e Aradia ela esteja pronta para escolher sua própria senda?

 

O padrinho responde:

 

Eu, ______________ assim prometo.

 

O Grão Sacerdote diz:

 

O deus e a deusa a abençoaram;
Os senhores das atalaias a reconheceram;
Nós seus amigos lhe demos as boas vindas;
Portanto, ó círculo das estrelas;
Brilha em paz sobre ______________ 
Cujo nome oculto é ______________ 
Que assim seja.

 

Todos dizem: que assim seja!

 

O Grão Sacerdote diz:

 

Que todos se sentem dentro do círculo

 

Todos se sentam, excepto o sacerdote e a sacerdotisa, que experimentam e passam por todos o vinha já consagrado da maneira usual e então consagram e passam a todos os bolos da maneira usual.

 

A seguir, buscam os presentes, o alimento e as bebidas da festa e se sentam com os outros, daqui em diante passando-se para o informal.

 

O Ritual Para um Menino

 

A diferença básica caso a criança seja um menino é que o Grão Sacerdote e a Grã Sacerdotisa trocam suas funções. Ela realiza o enunciado de abertura e executa a unção, o Grão Sacerdote lhe entrega o óleo, o vinho e a água. Ela representa a criança às Atalaias.

 

A invocação a Deusa e ao deus por seus dons de força, beleza, sabedoria e amor, entretanto, é feita exactamente como a feita para a menina, e na mesma ordem.

 

A Grã Sacerdotisa convoca os padrinhos para que se apresentem e toma a promessa do padrinho; o Sacerdote toma então a promessa da madrinha.

 

A Grã Sacerdotisa pronuncia a bênção final.

 

(Fonte: Texto Extraído do Livro: 8 Sabats Para Bruxas, de Janet & Stewart Farrar )

WICCA

 

HANDFASTING: O CASAMENTO WICCANO

 

 

A cerimónia de casamento apresentada a seguir é um rito de comprometimento de ligação espiritual, não legal.

Antes da cerimônia, é importante que toda a área seja consagrada com sal, água, e qualquer incenso purificador, como o de cedro, olíbano, sálvia ou sândalo.

Monte o altar, e coloque nele tudo o que será necessário para a cerimónia:

- 2 Velas brancas

- 1 Incensório

- 1 prato com Sal e Terra

- 1 sino de latão

- 1 Vareta

- 1 Punhal ou Espada cerimonial

- 1 Xícara com Óleo de Rosaa para consagração - 1 Cálice com água

- 1 Cristal de quartzo

- As alianças de casamento

- 2 cordas brancas

- 1 Vassoura de palha

- Vinho

- Bolo de compromisso (receita no final)

A alta Sacerdotisa ou Sacerdote, traça o círculo no sentido horário, com o Punhal ou Espada, e após cada convidado ser abençoado com saudações e Incenso, faça soar o Sino para dar início a cerimônia.

Os noivos deverão estar no círculo de mãos dadas. Abençoe-os novamente com Incenso e saudações e coloque-os de frente para você e o altar. Os convidados ficarão em torno do perímetro do círculo, de mãos dadas formando uma corrente humana.

De frente para os noivos, levante as mãos para o céu e diga:

“NESTE SAGRADO CÍRCULO DE LUZ REUNIMO-NOS EM PERFEITO AMOR E PERFEITA VERDADE.

OH! DEUSA DO AMOR DIVINO, EU TE PEÇO QUE ABENÇOE ESTE CASAL, O SEU AMOR E SEU CASAMENTO PELO TEMPO QUE VIVEREM JUNTOS NO AMOR. “

Segure o prato com o Sal e Terra diante deles para que coloquem a mão direita no mesmo, enquanto o Sacerdote ou Sacerdotiza  diz:

“ABENÇOADOS SEJAM PELO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO TERRA.

QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM AMOR, TERNURA, FELICIDADE E COMPAIXÃO, PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.”

No altar, o casal deverá voltar-se para Leste. Soe o Sino 3 vezes e envolva-os com o incenso, diga:

“ABENÇOADOS SEJAM PELA FUMAÇA E PELO SINO SÍMBOLOS DO ANTIGO E MISTICO ELEMENTO AR.

QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA, ABENÇOE-OS COM A COMUNICAÇÃO, CRESCIMENTO INTELECTUAL E SABEDORIA PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.”

Coloque novamente o Sino no altar, o casal deverá voltar-se para o Sul. Dê a cada um uma vela branca, que deverão segurar com a mão direita. Acenda as velas, pegue a Varinha e segure acima deles dizendo:

“ABENÇOADOS SEJAM PELA VARINHA E PELA CHAMA SIMBOLOS DO ANTIGO E MISTICO ELEMENTO FOGO.

QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA, ABENÇOE-OS COM HARMONIA, VITALIDADE, CRIATIVIDADE E PAIXÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.”

Coloque a Varinha no altar, o casal deverá voltar-se para o Oeste, segure o Cálice com água e respingue sobre a cabeça deles, enquanto diz:

“ABENÇOADOS SEJAM PELO ANTIGO E MÍSTICO ELEMENTO ÁGUA.QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA

ABENÇOE-OS COM AMIZADE, INTUIÇÃO CARINHO E COMPREENÇÃO PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.”

 

Coloque o Cálice no altar. Unte a testa deles com o Óleo de RosaS, e segure o Cristal de quartzo sobre eles, como símbolo sagrado do reino espiritual, enquanto diz:

“QUE A DEUSA DO AMOR EM TODA SUA GLÓRIA ABENÇOE-OS COM UNIÃO, HONESTIDADE E CRESCIMENTO ESPIRITUAL PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS.

QUE O DEUS E A DEUSA INTERIOR DE CADA UM GUIE-OS NO CAMINHO RETO E QUE A MAGIA DO SEU AMOR CONTINUE A CRESCER PELO TEMPO QUE PERMANECEREM JUNTOS NO AMOR, POIS O SEU CASAMENTO É UMA UNIÃO SAGRADA DOS ASPÉCTOS FEMININO E MASCULINO DA DIVINDADE.”

 

Coloque o Cristal novamente no altar e consagre as alianças do casamento com sal e água, enquanto diz:

“PELO SAL E PELA ÁGUA EU CONSAGRO ESTES BELOS SÍMBOLOS DO AMOR.QUE TODAS AS VIBRAÇÕES NEGATIVAS, IMPUREZAS E OBSTÁCULOS SEJAM AFASTADOS DAQUI!

E QUE PENETRE TUDO O QUE É POSITIVO, TERNO E BOM.

ABENÇOADAS SEJAM ESTAS ALIANÇAS NO NOME DIVINO DA DEUSA.

ASSIM SEJA. ASSIM É E ASSIM SERÁ.PARA O BEM DE TODOS.”

 

Os noivos trocam as alianças proferindo as promessas que escreveram com suas proprias palavras antes da cerimônia.

Após, o casal haver proferido as suas promessas de amor, consagre as cordas brancas da mesma maneira que fez com as alianças, segure-as lado a lado, e o noivo e a noiva deverão segurar uma extremidade e dêem um nó enquanto expressam seu amor um pelo outro. Amarre-as pelo meio e diga:

“PELOS NÓS NESTA CORDA SEJA O SEU AMOR UNIDO.”

Pegue as cordas com os nós e amarre juntas as mãos dos noivos. Visualize uma luz branca de energia da Deusa e de proteção circundando o casal, enquanto suas auras se unem em uma só, e todos os presentes à cerimônia emitem energia, cantando repetidamente com alegria

“AMOR     AMOR     AMOR”

Após haver centralizado o poder trazido para os noivos e para o casamento deles, permaneça alguns minutos em silêncio e depois retire a corda das mãos deles, dizendo:

“PELO PODER DA DEUSA E DE SEU CONSORTE  EU OS DECLARO MARIDO E MULHER PELO TEMPO QUE VIVEREM AMBOS QUE VIVAM JUNTOS NO AMOR

ASSIM SEJA, ASSIM É E ASSIM SERÁ, PARA O BEM DE TODOS.”

Os convidados, podem agora aplaudir, e congratular-se com os recém-casados. Agradeça a Deusa e ao Deus desfaça o círculo, coloque a vassoura horizontalmente no chão e faça com que os noivos pulem por cima dela juntos e de mãos dadas.

Termina assim o ritual pagão de compromisso, que deve ser festejado por todos com vinho consagrado e bolo de compromisso, que é tradicionalmente partido com a espada cerimonial do coven.

 

(Fonte: “ 8 Sabats Para Bruxas” de Janet & Stewart Farrar )

 

 

 

Bolo de compromisso

- 1 chávena de manteiga 

- 1 chávena de açúcar 

- 1/2 chávena de mel 

- 5 ovos 

-  2 chávenas de farinha de trigo 

-  2 col. de sopa de casca de limão ralada  

-  2 1/2 col de sopa de suco de limão 

-  1 colher de chá de água de rosas 

- 1 pitada de manjericão

Se necessário dobre a receita!

Numa tigela apropriada bata a manteiga e o açúcar até ficar leve e com bolhas.

Adicione mel e misture bem. Coloque os ovos um a um, batendo bem cada um. Adicione a farinha aos poucos, misturando bem em cada porção. Bata as raspas de limão, o suco, a água de rosas e o manjericão a erva do amor.

Forre uma forma untada para pão (22X12X7) com folhas de gerânio rosa e despeje a massa. Coza o bolo em forno pre-aquecido a 350° por 1h15min... Retire do forno e deixe descansar por 20 min. antes de desenformar.

Decore com glacê ou sua preferência.


 

 

REQUIEM: RITUAL DE MORTE WICCANO

 

 


 PREPARAÇÃO

A decoração do círculo e do altar para um Requiem será, neste caso, uma questão de gosto pessoal, dependendo das circunstâncias, da época do ano e do carácter do amigo que está sendo lembrado, bem como das associações com ele feitas. Deposita-se ao lado do altar uma pequena tigela de louça (um caneco ou xícara com asa é o mais adequado) com um cordel prateado a ela atado; é preciso dispor também de um martelo para quebrar o pequeno recipiente e um pano para embrulhá-lo. Para a Lenda da Descida da Deusa deve-se deixar à disposição, próximos do altar, jóias e um véu, bem como uma coroa para o Senhor do Mundo Subterrâneo. Também à disposição sobre o altar deve haver um colar.


O RITUAL


O Ritual de abertura deve ser realizado como sempre até o fim da invocação do Deus Cernunnos. A Grã Sacerdotisa e o Sacerdote, em seguida, encaram os membros do coven de diante do altar.

A sacerdotisa diz:


NÓS NOS REUNIMOS HOJE EM MEIO À TRISTEZA E ALEGRIA. ESTAMOS TRISTES PORQUE UM CAPÍTULO SE ENCERROU E, NO ENTANTO, ESTAMOS JUBIOLOSOS PORQUE, COM O ENCERRAMENTO, UM NOVO CAPÍTULO PODE COMEÇAR. NÓS NOS REUNIMOS PARA MARCAR O PASSAMENTO DE NOSSA AMADA IRMÃ ..................... PARA QUEM ESTA ENCARNAÇÃO FINDOU. ESTAMOS REUNIDOS PARA CONFIÁ-LA AO ZELO DA BENÇÃO DO DEUS E DA DEUSA, PARA QUE ELA POSSA REPOUSAR, ISENTA DE ILUSÃO OU TRISTEZA ATÉ QUE ADVENHA O TEMPO DE SEU RENASCIMENTO NESTE MUNDO. E SABENDO QUE ISSO SERÁ, SABEMOS TAMBÉM QUE A TRISTEZA NÃO É NADA E QUE O JUBILO É TUDO.


O Sacerdote permanece em seu lugar e a Sacerdotisa conduz o coven numa dança em espiral, lentamente fechando o círculo num sentido anti-horário, mas não o fechando de maneira demasiada.

O Sacerdote diz:


NÓS TE CONVOCAMOS, MÃE SOMBRIA E ESTÉRIL, TU PARA QUE TODA A VIDA MANIFESTA CUMPRE RETORNAR ADVINDO SEU TEMPO; MÃE SOMBRIA DA TRANQUILIDADE E DO REPOUSO, ANTE QUEM OS HOMENS TREMEM PORQUE FALTA-LHES A COMPREENSÃO DE TI. NÓS TE CONVOCAMOS, QUE É TAMBÉM HÉCATE DA LUA MINGUANTE, SENHORA SOMBRIA DA SABEDORIA, QUE OS HOMENS TEMEM PORQUE TUA SABEDORIA SE ELEVA ACIMA DA DELES. NÓS, OS FILHOS OCULTOS DA DEUSA, SABEMOS QUE NADA HÁ A TEMER EM TEU ABRAÇO, DO QUAL NINGUÉM ESCAPA; QUE QUANDO ENTRAMOS EM TUA ESCURIDÃO, COMO DEVEM TODOS, SERÁ COMO ENTRAR NOVAMENTE NA LUZ. ASSIM, COM AMOR E SEM TEMOR, CONFIAMOS A TI ...................... NOSSA IRMÃ. TOMA-A, PROTEGE-A, NORTEIA-A, ADMITA-A À PAZ DE SUMMERLAND, QUE SE ENCONTRAM ENTRE A VIDA E A VIDA. E SABE, COMO SABES TODAS AS COISAS, QUE NOSSO AMOR COM ELA VAI"


O sacerdote apanha a tigela, o cordel, o martelo e o pano. A dança cessa e os membros se afastam a fim de admitir a Sacerdote ao centro da espiral, onde ele deposita o pano sobre o chão e a tigela sobre o pano. Em seguida, a extremidade livre do cordel à Donzela.

A sacerdotisa diz:



SOLTE-SE O CORDEL PRATEADO, OU SE QUEBRE A TIGELA DOURADA, OU SE QUEBRE O CÂNTARO NA FONTE, OU SE QUEBRE NA CISTERNA E ENTÃO O PÓ RETORNARÁ À TERRA COMO ERA, E O ESPÍRITO RETORNARÁ À DEUSA QUE O CONCEDEU.


O sacerdote desata o cordel prateado e a Donzela o colhe. O Sacerdote embrulha então a tigela com o pano e a quebra com o martelo. A seguir recoloca o pano dobrado com os fragmentos da tigela e o martelo ao lado do altar. O Coven retorna, fechando novamente o círculo. A Donzela carrega o cordel prateado e durante a invocação que se segue, movendo-se em sentido horário em torno do círculo, o oferece primeiramente aos senhores das Atalaias do Oeste (Senhores da Morte e da Iniciação), depois aos Senhores das Atalaias do Leste (senhores do Renascimento). Em seguida, ela deposita o cordel no chão diante da vela do leste e se reúne ao Sacerdote, junto ao altar (movendo-se sempre em sentido horário). Enquanto isso, a Sacerdotisa dirige-se novamente a dança, repetindo o movimento de volta em sentido horário, a fim de desfazer a espiral até que se torne mais uma vez um círculo completo, continuando a se mover em sentido horário.

Logo depois de recolocar o pano e o martelo ao lado do altar, o Sacerdote encara o coven e diz:


NÓS TE CONVOCAMOS, AIMA, MÃE LUMINOSA E FÉRTIL, TU ÉS O ÚTERO DO RENASCIMENTO, DE QUEM TODA VIDA MANIFESTA PROCEDE E EM CUJO SEIO QUE JORRA TODOS SÃO NUTRIDOS. NÓS TE CONVOCAMOS, QUE É TAMBÉM PERSÉFONE DA LUA CRESCENTE, SENHORA DA PRIMAVERA E DE TODAS AS COISA NOVAS. A TI CONFIAMOS .............., NOSSA IRMÃ. TOMA-A, PROTEGE-A, NORTEIA-A; A CONDUZ NA PLENITUDE DO TEMPO A UM NOVO NASCIMENTO E UMA NOVA VIDA. E CONCEDE QUE, NESSA NOVA VIDA, ELA POSSA SER AMADA NOVAMENTE, COMO NÓS, SEUS IRMÃOS E IRMÃOS, A AMAMOS.


O Sacerdote e a Donzela juntam-se novamente ao coven, que desenvolve um movimento circular e a sacerdotisa inicia a Runa das feiticeiras, os demais se unindo a ela.

Finda a runa, a Sacerdotisa ordena:


AO CHÃO!


Os membros se sentam, formando um círculo olhando para o interior deste. A Sacerdotisa atribui papéis para a Lenda da Descida da Deusa ao Mundo Subterrâneo: o Narrador, A Deusa, O senhor do Mundo Subterrâneo, e o Guardião dos Portais.


A Deusa é adornada com jóias, coberta com véu e fica na borda do círculo ao sudeste. O senhor do Mundo Subterrâneo coloca sua coroa, toma a espada e permanece com suas costas para o altar. O Guardião dos Portais toma seu athame e o cordel vermelho e fica de pé encarando a Deusa.

 

A LENDA DA DESCIDA DA DEUSA AO MUNDO SUBTERRÂNEO

 

Narrador:

NOS TEMPOS ANTIGOS, NOSSO SENHOR, O CORNUDO, ERA (E AINDA É) O CONSOLADOR, O CONFORTADOR. MAS OS HOMENS O CONHECIAM COMO O TERRÍVEL SENHOR DAS SOMBRAS, SOLITÁRIO, INFLEXÍVEL E JUSTO. MAS NOSSA SENHORA, A DEUSA RESOLVERIA TODOS OS MISTÉRIOS, ATÉ MESMO O MISTÉRIO DA MORTE; E ASSIM ELA VIAJOU AO MUNDO SUBTERRÂNEO. O GUARDIÃO DOS PORTAIS A DESAFIO...

O Guardião dos portais desafia a Deusa com seu Athame.

TIRA TUAS VESTES, PÕE DE LADO TUAS JÓIAS POIS NADA TU PODES TRAZER CONTIGO AO INTERIOR DESTA NOSSA TERRA.


A Deusa retira seu véu e as jóias. Nada deve permanecer sobre seu corpo (se o Requiem é realizado com os participantes vestidos, somente o manto simples dela deve permanecer sobre seu corpo). O Guardião então a prende com o cordel vermelho à maneira da iniciação de primeiro grau, com o centro do cordel em torno da frente do pescoço dela e as extremidades passando por seus ombros e indo atar seus pulsos por trás de sua cintura.


ASSIM ELA SE DESPOJOU DE SUAS VESTES E DE SUAS JÓIAS E FOI AMARRADA COMO TODOS OS VIVOS QUE BUSCAM INGRESSAR NOS DOMÍNIOS DA Morte, A PODEROSA, TÊM QUE SER.


O Guardião dos portais conduz a Deusa perante o Senhor do Mundo Subterrâneo e, depois, se afasta para um lado.


TAL ERA A BELEZA QUE A PRÓPRIA MORTE SE AJOELHOU E DEPOSITOU SUA ESPADA E COROA AOS SEUS PÉS.


O Senhor do Mundo Subterrâneo se ajoelha ante a Deusa, deposita sua espada e sua coroa no chão a cada lado dela, e em seguida beija os pés direito e esquerdo dela.

 

...E BEIJOU SEUS PÉS, DIZENDO: ABENÇOADOS SEJA TEUS PÉS QUE TE TROUXERAM POR ESTES CAMINHOS. PERMANECE COMIGO, MAS DEIXA QUE EUPONHA MINHAS MÃOS FRIAS SOBRE TEU CORAÇÃO.


O senhor do Mundo Subterrâneo ergue suas mãos, com as palmas para a frente e as retém a algumas polegadas do coração da Deusa.


E ELA RESPONDE: EU NÃO TE AMO. POR QUE FAZES TODAS AS COISAS QUE AMO E NAS QUAIS ME COMPRAZO FENECEREM E MORREREM?

O senhor do mundo subterrâneo estende seus braços para baixo, com as palmas das mãos para a frente.


SENHORA... - RESPONDEU A MORTE - TRATA-SE DA IDADE E DA FATALIDADE, CONTRA OS QUAIS SOI IMPOTENTE. A IDADE, O ENVELHECIMENTO LEVA TODAS AS COISAS A DEFINHAREM; MAS, QUANDO OS HOMENS MORREM AO DESFECHO DE SEU TEMPO, CONCEDO-LHE REPOUSO, PAZ E FORÇA PARA QUE POSSAM RETORNAR. MAS TU, TU ÉS LINDA. NÃO RETORNES, PERMANEÇA COMIGO. MAS ELA RESPONDE: EU NÃO TE AMO!"


O senhor do Mundo subterrâneo se levanta, vai até o altar e pega o açoite. Volta-se para encarar a deusa.

E ENTÃO DISSE A MORTE: SE NÃO RECEBES MINHAS MÃOS SOBRE TEU CORAÇÃO, TENS QUE TE CURVAR AO AÇOITE DA MORTE. É A FATALIDADE - MELHOR ASSIM...


Ela Disse e se Ajoelhou. E a morte a açoitou brandamente. A deusa se ajoelha encarando o altar. O senhor do mundo subterrâneo aplica-lhe de maneira muito branda três, sete, nove, vinte e um golpes do açoite.


E ELA BRADOU: EU CONHEÇO AS AFLIÇÕES DO AMOR


O Senhor do Mundo Subterrâneo recoloca o açoite no altar, ajuda a deusa a levantar-se e se ajoelha, encarando-a.


E A MORTE A ERGUEU E DISSE: SEJAS ABENÇOADAS. E LHE DOU O BEIJO QUÍNTUPLO, DIZENDO: ASSIM APENAS PODES ATINGIR A ALEGRIA E O CONHECIMENTO.


O Senhor do Mundo subterrâneo dá na Deusa o beijo quíntuplo. Em seguida, desamarra os pulsos dela, depositando o cordel no chão.


E ELE A ELA ENSINA TODOS OS SEUS MISTÉRIOS E LHE DÁ O COLAR QUE É O CÍRCULO DO RENASCIMENTO.

 

O senhor do Mundo Subterrâneo pega o colar no altar e o coloca em torno do pescoço da deusa. A Deusa então, toma a coroa e a recoloca na cabeça do senhor do Mundo Subterrâneo.


E ELA ENSINA A ELE O MISTÉRIO DA TAÇA SAGRADA, QUE É O CLADEIRÃO DO RENASCIMENTO.

O Senhor do Mundo Subterrâneo move-se diante do altar, no extremo leste deste, e a Deusa move-se diante do altar, no extremo oeste deste. A Deusa toma o cálice em ambas as mãos, eles se entreolham e ele coloca ambas as mãos das dela.


ELES AMARAM E SE TORNARAM UM, POIS HÁ TRÊS GRANDES MISTÉRIOS NA VIDA DO HOMEM, E A MAGIA OS CONTROLA A TODOS. PARA REALIZAR O AMOR, TENDES QUE RETORNAR NOVAMENTE AO MESMO TEMPO E NO MESMO LUGAR DAQUELES QUE SÃO OS AMADOS; E TENDES QUE ENCONTRÁ-LOS, CONHECÊ-LOS, LEMBRÁ-LOS E AMÁ-LOS DE NOVO.


O Senhor do Mundo Subterrâneo solta as mãos da Deusa e esta recoloca o cálice no altar. Ele toma o açoite em sua mão esquerda e a espada em sua mão direita e fica na posição do Deus, antebraço cruzados sobre o peito, espada e açoite apontados para cima, com suas costas para o altar. Ela fica ao lado dele na posição de Deusa, pernas escarranchadas e braços estendidos formando o pentagrama.


MAS PARA RENASCER, TENDE QUE MORRER E SER PREPARADO PARA UM NOVO CORPO. E PARA MORRER TENDES QUE NASCER E SEM AMOR NÃO PODES NASCER. E NOSSA DEUSA SEMPRE SE INCLINA PARA O AMOR, E O JÚBILO, E A VENTURA; E ELA PROTEGE E ACARICIA SUAS CRIANÇAS OCULTAS NA VIDA, E NA MORTE MINISTRA O CAMINHO DA COMUNHÃO COM ELA; E MESMO NESTE MUNDO ELAS LHES ENSINA O MISTÉRIO DO CÍRCULO MÁGICO, QUE É DISPOSTO ENTRE OS MUNDOS DOS HOMENS E DOS DEUSES.


O senhor do mundo subterrâneo recoloca o açoite, a espada e a coroa sobre o altar junto deste. Isto completa a Lenda e os actores se juntam de novo aos demais membros.

A Grã Sacerdotisa diz:



“QUE PARTICIPEMOS AGORA, COMO A DEUSA NOS ENSINOU, DA FESTA DE AMOR DO VINHO DOS BOLOS; E A MEDIDA QUE O FAZEMOS, QUE NOS LEMBREMOS DE NOSSA IRMÃ ..................., COM A QUAL NÓS TÃO AMIÚDE COMPARTILHAMOS TAL FESTA. E MEDIANTE ESTA COMUNHÃO, NÓS COLOCAMOS AMOROSAMENTE NOSSA IRMÃ NAS MÃOS DA DEUSA.”



Todos Dizem: QUE ASSIM SEJA"



O vinho e os bolos são consagrados e passados por todos.

O mais cedo possível, após o Requiem, os fragmentos da tigela deverão ser ritualmente arremessados num rio, com a tradicional ordem:


RETORNA AOS ELEMENTOS DOS QUAIS VIESTE

(Fonte: Texto Extraído do livro “Oito Sabás para Bruxas”, de Janet & Stewart Farrar)

 

RITUAL PARA APRESENTAR

O SEU NOME MÁGICO

 

 

Monte seu altar. Se o seu nome tiver um símbolo que o represente, coloque-o no altar. Por exemplo, se seu nome for Águia selvagem, você pode colocar no altar uma pena para simbolizar seu nome. No mesmo altar, deixe á mão papel (pergaminho de preferência), uma caneta e um espelho. Deixe à mão, também, velas, incenso, água mineral e sal marinho, e se preferir, um instrumento musical que tenha preferência, ou um CD com a música suave que desejar. Abra seu círculo, chame os quadrantes, convide as Deidades e diga o seguinte:


“Eu .......... (diga o antigo nome) uso este nome pela última vez. Eu cresci, eu mudei. Eu evolui para a pessoa que se apresenta perante vocês neste momento. Já não sou mais ...... e já não tenho mais laços com este antigo nome que morreu na hora em que eu renasci.”

 

Vá até o altar e escreva seu novo nome no papel. Passe o papel pela fumaça do incenso dizendo:

 

“Que ........... (seu novo nome) seja consagrado pelos poderes do AR. Que o Ar me dê a força do intelecto, a claridade da visão a pureza do amanhecer no primeiro instante em que eu tiver da nova vida.”

 

Segure o papel sobre a vela (cuidado para não pegar fogo)

“Que ............. (seu novo nome) seja consagrado pelos poderes do Fogo. Que o Fogo me dê determinação, força e a energia existente em suas faíscas, durante toda a minha nova vida...”

 

Borrife sobre o papel a água e diga:

 

“Que ............. (seu novo nome) seja consagrado pelos poderes do Água. Que a água me dê a suave intuição, a profunda compreensão e a consciência dos mais profundos mistérios durante toda esta nova vida que nasce.”

 

Enterre o papel no sal marinho dizendo:

 

“Que .............. (seu novo nome) seja consagrado pelos poderes da Terra. Que a Terra me dê força e solidez, que me conecte com as energias da Mãe. Que me presenteie com uma consciência nova livre do temor das noites escuras.”

 

No caldeirão, queime o papel dizendo em voz bem firme:

 

“Eu sou .............. (nome novo)! Ar, Fogo, Água e Terra confirmo meu nome com orgulho. Eu sou .............! Eu sou ...............! Eu sou ...................!”

 

Dirija-se para cada ponto cardeal e diga:

 

“Norte Eu sou ................... que o senhor me conheça a partir de agora! Sul, eu sou ................... que o senhor me conheça a partir de agora! Leste, Eu sou .................. que o senhor me conheça a partir de agora! Oeste, eu sou .................. que o senhor me conheça a partir de agora!”

 

Fique diante do altar e invoque pela Deusa e invoque o Deus.

 

“Amada Deusa (repetir para o Deus), peço que abençoe, a nova criança que se apresenta diante de vós. Que abençoe meus passos daqui por diante, pois, a partir de agora sou seu filho. Que só terá boca para pronunciar seu Nome. Só terá olhos para ver o brilho de vós. Me abençoe Mãe. Me abençoe Pai. A partir deste momento eu sou .......!”

 

Feito isto, perca um tempo meditando no que acabou de fazer. Escute sua música, olhe-se no espelho e repita o seu nome. Encerre o ritual de modo habitual.

 

 WICCA

RITUAL DE DEDICAÇÃO

 

Antes de se iniciar como bruxo(a) Wiccaniano(a) você deverá passar por um ritual de dedicação onde se comprometerá com os Deuses a estudar e praticar a Antiga Arte durante um ano e um dia, mas tenha em mente que este é um período mínimo de estudo para você ter idéia de como as coisas funcionam na Wicca... um verdadeiro Bruxo(a) não se faz apenas neste período e sim com o tempo e com o estudo.

Apenas após esse período caso ainda queira seguir o caminho da Wicca você deverá se iniciar.

Bem você deve se estar perguntando porque 1 ano e 1 dia? Nosso calendário é diferente do Gregoriano para nós os meses têm 28 dias (4 fases lunares de 7 dias cada) daí se somarmos teremos: 28 dias x 13 meses = 364 dias mais 1 dia para termos os 365 dias do ano, daí a expressão 1 ano e 1 dia.

 Se você deseja se tornar um bruxo e não pode ser iniciado por um Coven (ou se prefere trabalhar como um Bruxo Solitário) pode iniciar-se na Arte e dedicar-se à Deusa e ao seu Consorte realizando o ritual de Auto-Iniciação em uma noite de lua cheia ou crescente, em qualquer um dos 8 Sabaths ou no seu aniversário.

No dia escolhido procure meditar sobre a importância do passo que você pretende dar e sinta em seu coração se essa é a sua verdadeira vontade. Nesse dia evite comer carne vermelha ou qualquer alimento que tenha recebido aditivos químicos, prefira frutas e legumes, procure também evitar o contacto prolongado com muitas pessoas, os humores variados podem influenciar o equilíbrio de suas energias.

Lembre-se que todo Bruxo precisa ter em mente os 4 Poderes Tradicionais:

Saber, Ousar, Querer e Calar.

 

 

Você vai precisar de:

-Caldeirão;

- Água da Fonte ou Mineral;

- Athame;

- Cálice;

- Uma Vela Preta;

- Uma Vela Branca;

- Incensário com Incenso de Jasmim ou Mirra;

- Vinho Tinto que deverá ter passado a noite anterior à luz da Lua Crescente ou Cheia para ter sido energizado;

-Maçã;

- Rosas Brancas e Rosas para enfeitar o altar;

- Sal Marinho;

 

Procedimento:

Ao entardecer comece a preparar seu quarto ou o local escolhido para o ritual, arrume seu altar com o caldeirão cheio de água da fonte ou mineral, o athame e o cálice. Prepare o incensário com um incenso de Jasmim ou Mirra, enfeite o altar com rosas coloridas, coloque a vela preta do lado esquerdo simbolizando a Deusa e a vela branca do lado direito simbolizando o Deus, coloque a maçã próxima ao caldeirão junto com a garrafa de vinho tinto.

Um pouco antes do horário programado tome um banho ritualistico para se limpar de todas energias negativas, utilize um pouco do sal marinho misturado a água, neste momento tenha em mente que seu corpo está sendo purificado dos velhos conceitos, à partir de agora você estará se preparando para um novo nascimento:

O Nascimento para a Antiga Arte: a visão que você tinha até então dará lugar a uma nova forma de pensar e sentir os outros a sua volta.

Ao término do banho não utilize nenhuma toalha, deixando que seu corpo seque-se naturalmente, não vista nenhuma roupa (ao fazer este ritual não utilize: anéis, brincos, pulseiras, relógio ... deixe seu cabelo solto, você deverá se apresentar aos Deuses como você nasceu).

Dirija-se ao local escolhido para o ritual, antes de começar pegue sua vassoura e varra todo o local, não deixe que os pelos da vassoura toquem o chão, enquanto varre mentalize todas as energias negativas sendo varridas.

Trace no chão um círculo com cerca de 1.50 mt. de diâmetro, salpique um pouco de sal (simbolizando o elemento Terra) sobre o círculo para consagrá-lo dizendo:

“Com o sal eu consagro e abençoo este círculo;

Sob os nomes divinos da Deusa e do seu Consorte: O Deus Chifrudo. Abençoado Seja!”

 

Acenda o incenso e volte-se aos 4 pontos enquanto diz:

“Salve Guardiães das Torres de Observação do Leste Poderes do Ar!

Salve Guardiães das Torres de Observação do Sul - Poderes do Fogo!

Salve Guardiães das Torres de Observação do Oeste - Poderes da Água!

Salve Guardiães das Torres de Observação do Norte - Poderes da Terra!

Que a força dos elementais me protejam e me guiem.

Que Assim seja e que Assim se faça para o bem de todos!”

Acenda as velas e diga:

“O fogo esta aceso.

O ritual começou.

O círculo está montado entre os mundos.
Além dos limites do tempo onde a Noite e Dia, Nascimento e Morte, Alegria e Tristeza tornam-se uma só coisa.

Que nenhum mal aqui possa entrar ou sair.
Que assim seja e assim se faça para o bem de todos.”

 

Sente-se no centro do círculo, voltado para o Norte e feche seus olhos, sinta toda a energia que existe dentro de você, saiba que a Grande Mãe vive dentro do seu coração, quando se sentir pronto, coloque-se de joelhos, segure o athame com as duas mãos e aponte-o para o céu dizendo:

“Eu te invoco e te chamo Oh Deusa Mãe criadora de vida e alma do Universo infinito.

Pela chama da vela e pela fumaça do incenso eu te invoco para abençoar este ritual.

E para garantir a minha admissão na companhia dos teus filhos amados.

Oh Bela Deusa da vida e do renascimento que é conhecida como: Cerridwen, Astarte, Atenas, Brígida, Diana, Ísis, Melusine, Afrodite e por muitos outros nomes divinos.

Neste círculo consagrado à luz de velas eu me comprometo a te honrar, a te amar e a te servir.

Enquanto eu viver prometo respeitar e obedecer à tua lei de amor a todos os seres vivos.

Prometo nunca revelar os segredos da Arte a qualquer homem ou mulher que não pertença ao mesmo caminho.

E juro aceitar o Conselho Wiccaniano de "Não prejudicar ninguém façam o que quiserem"
Oh Deusa Rainha de todas as Bruxas, abro meu coração e minha alma para ti.
Que assim seja!”

 

Pegue a maçã e parta-a em duas, coloque as duas metades em cima do altar, pegue a taça e encha-a de vinho, erga-a e diga:

“Eu te invoco e te chamo Oh Grande Deus Chifrudo dos pagãos, Senhor das matas verdes e Pai de todas as coisas selvagens e livres.

Pela chama da vela e pela fumaça do incenso eu te invoco para abençoar este ritual.

Oh Grande Deus Chifrudo da morte e de tudo que vem depois, que é conhecido como: Cernunnos, Attis, Pã, Daghda, Fauno, Frey, Odin, Lupercus e por muitos outros nomes, neste círculo consagrado à luz de velas eu me comprometo a te honrar, a te amar e a te bem servir enquanto eu viver.

Oh Grande Deus Chifrudo da paz e do amor, abro meu coração e minha alma para ti. Que assim seja!”

 

Introduza o athame na taça e diga :

“A Sagrada União foi feita, e dela geram todas as coisas! “

Beba o vinho sabendo que ele representa o sangue da Deusa, aquele que tudo fertiliza, saiba que através dele tudo pode ser alterado. Magia é transformação, deixe que Ela lhe toque e lhe transforme.

Feche os olhos e deixe os sentimentos tomarem conta de você, caso escute alguma voz ou sinta alguma presença não se assuste: Confie na Grande Mãe e em seu filho. Abra os olhos e coma a maçã.

Quando se sentir pronto abra o círculo dizendo :

“O círculo esta fechado, porém não esta encerrado.

Que o poder sempre esteja comigo quando eu precisar.

Encerro agora este círculo!

Que assim seja e que assim se faça para o bem de todos.”

 

A Auto - Dedicação esta completa, deixe as velas e o incenso queimarem até o fim, nesta noite durma sem roupa de preferência.... no dia seguinte pegue os restos das velas e o pó do incenso e enterre em um jardim ou vaso.

WICCA

RITUAIS E PREPARAÇÃO PARA RITUAIS

 

(Fonte: “Guia essencial da Bruxa Solitária”, de Scott Cunnigham)

 

Defini ritual como "uma forma específica de movimento, manipulação de objetos ou séries de processos internos com o intuito de produzir efeitos desejados" (ver Glossário). Na Wicca, os rituais são cerimónias que celebram e fortalecem nosso relacionamento com a Deusa, o Deus e a Terra.

Tais rituais não precisam ser pré-planejados, ensaiados ou tradicionais, tampouco deter-se servilmente a um determinado formato ou padrão. Na verdade, os Wiccanos com quem falei sobre este tópico concordam que rituais criados espontaneamente tendem a ser os mais eficazes e poderosos.

Um rito Wiccano pode consistir em um celebrante solitário que acende uma fogueira, entoa nomes sagrados e observa o surgir da lua. Ou pode envolver dez ou mais pessoas, algumas das quais assumem diversos papéis em peças míticas, ou recitam longos trechos em honra aos Deuses. O rito pode ser antigo ou recém concebido. Sua forma externa não é importante, desde que consiga atingir a consciência das deidades dentro do Wiccano.

Rituais Wiccanos normalmente têm lugar nas noites de lua cheia e nos oito Dias de Poder, os antigos festivais sazonais e agriculturais da Europa. Rituais são em geral de natureza espiritual, mas podem também incluir trabalhos de magia.

Na Seção III encontra-se um livro completo de rituais, O Livro de Sombras das Pedras Erguidas. O melhor método para aprender Wicca é por meio de sua prática; deste modo, com o passar do tempo, ao praticar rituais como os presentes neste livro ou escritos por você mesmo, você obterá uma melhor compreensão acerca da verdadeira natureza da Wicca.

Muitas pessoas dizem que desejam praticar Wicca, mas permanecem inertes, convencendo a si próprias de que não podem honrar a Lua Cheia com um ritual por não serem iniciadas, não possuírem um instrutor ou não saberem o que fazer. Isto são meras desculpas. Se tiver interesse em praticar Wicca, simplesmente o faça.

Para o Wiccano solitário, a criação de novos rituais pode ser uma atividade estimulante. Noites são consumidas sobre textos de referência, unindo fragmentos de rituais e invocações, ou simplesmente permitindo que o espírito do momento e a sabedoria das Deidades nos preencham com sua inspiração. Não importa como sejam criados, todos os rituais devem ser concebidos do prazer, e não da obrigação.

Se desejar, ajuste seus rituais às estações, aos dias festivos do paganismo e às fases da lua ( ver: Dias de Poder). Se sente-se particularmente atraído a outros calendários sagrados, sinta-se à vontade para adaptá-los. Já houve adaptações altamente bem-sucedidas em Wicca do sistema religioso-mágico egípcio, indígena americano, havaiano, babilônico e outros. Apesar de a maior parte da Wicca ter tido, até recentemente, embasamento europeu e britânico, não precisamos limitar-nos a isso. Como Wiccanos solitários, estamos livres para fazer o que bem nos aprouver. Uma vez que os rituais sejam eficazes e satisfatórios, por que se preocupar?

O Capítulo 13 contém instruções para a criação de seus próprios rituais, mas algumas palavras acerca da preparação de rituais se fazem necessárias aqui.

Para começar, certifique-se de que não será interrompido durante seu rito religioso (ou mágico). Se estiver em casa, diga a sua família que estará ocupado e deseja não ser interrompido. Se estiver só, tire o fone do gancho, tranque as portas e feche as janelas, se assim desejar. É melhor assegurar-se de que estará só e sem distracções por algum tempo.

Um banho ritual é geralmente o próximo passo. Por algum tempo, praticamente não conseguia realizar um rito sem um rápido banho antes. Isto é em parte psicológico: se sente-se limpo e purificado das preocupações diárias, você se sentirá melhor para contactar a Deusa e o Deus.

A purificação ritual é uma característica comum a muitas religiões. Na Wicca, vemos a água como uma substância purificante que elimina as vibrações indesejadas das tensões rotineiras e nos permite contactar as deidades puros de corpo e mente.

Num nível mais profundo, a imersão em água nos remete à nossa mais primitiva memória. O ato de banhar-se numa banheira de água fresca e salgada é semelhante a caminhar nas ondas do sempre acolhedor oceano, o domínio da Deusa. Isso nos prepara física e espiritualmente (você nunca se sentiu diferente numa banheira?) para a experiência vindoura.

O banho normalmente se torna um ritual por si só. Pode-se acender velas no banheiro, além de incenso. Óleos perfumados e sachês de ervas podem ser colocados na água. Meu sachê de banho purificador preferido consiste em partes iguais de alecrim, erva-doce, lavanda, manjericão, tomilho, hissopo, verbena, menta, com um toque de raiz de valeriana moída. (Esta fórmula foi retirada de A Chave de Salomão.) Ponha estes ingredientes num pano, até as extremidades, para prender as ervas e mergulhe-o na água.

Rituais ao ar livre nas proximidades do oceano ou de um lago ou regato podem ser antecedidos com um rápido mergulho. Obviamente, é impossível tomar um banho antes de rituais espontâneos. Até mesmo a necessidade de banhos rituais é questionada por alguns. Se sentir-se confortável ao tomar banho, faça-o. Se achar que não é necessário, então não faça.

Uma vez banhado, é hora de vestir-se para o ritual. Muitos Wiccanos hoje (em especial aqueles influenciados pelos textos e idéias de Gerald Gardner ou um de seus aprendizes – ver Bibliografia), a nudez é ideal para invocar as deidades da natureza. Certamente, é a condição mais natural em que o corpo humano pode ficar, mas a nudez ritual não é para qualquer um. A Igreja muito fez para criar sentimentos de culpa acerca de uma figura humana desnuda. Tais emoções distorcidas, não naturais, perduram até hoje.

Muitas razões são dadas para esta insistência na nudez ritual. Alguns Wiccanos declaram que um corpo vestido não consegue emitir o poder pessoal tão eficientemente quanto um corpo nu, para em seguida dizer que, quando necessário, rituais vestidos praticados em ambientes fechados são tão eficazes quanto rituais nus ao ar livre.

Mesmo vestidos, os Wiccanos produzem magia tão eficaz quanto a produzida por Wiccanos nus. As vestimentas não constituem barreira para a transferência de poder. Mas nudez é sempre preferível.

Uma explicação mais convincente sobre a nudez ritual na Wicca é a de que ela é usada por seu valor simbólico: a nudez mental, espiritual e física diante da Deusa e do Deus simboliza a sinceridade e a abertura do Wiccano. A nudez ritual era prática de muitas religiões antigas e pode ser encontrada em áreas distintas do globo, portanto não é uma idéia nova, apenas para alguns ocidentais.

Apesar de muitos covens insistirem na nudez ritual, não é preciso preocupar-se com isso. Como praticante solitário, a escolha é sua. Se não se sentir bem quanto à nudez ritual, mesmo que privadamente, não a pratique. Existem muitas opções.

Vestes especiais, como robes e tabardos, são razoavelmente populares entre alguns Wiccanos. Várias são as razões para o uso de robes, uma das quais é a de que vestir-se com trajes utilizados apenas para a prática de magia confere uma atmosfera mística a tais rituais e altera sua consciência para os procedimentos que se seguem, promovendo, assim, a consciência ritual.

As cores são também utilizadas por suas vibrações específicas. A lista a seguir é uma boa amostragem de cores para robes. Se estiver especialmente interessado em magia com ervas, ou praticar rituais concebidos para interromper a proliferação de usinas e armas nucleares, utilizo uma túnica verde para ligar meus rituais à energia da Terra. Robes específicos podem ser confeccionados e utilizados por pessoas habilidosas para certos encantamentos ou ciclos de encantamentos, de acordo com as descrições abaixo.

Amarelo é uma cor excelente para aqueles envolvidos em adivinhação.

Roxo é favorável aos que trabalham com o poder divino puro (magos) ou que desejam aprofundar sua consciência espiritual acerca da Deusa e do Deus.

Azul é indicado para curandeiros e para os que trabalham com sua consciência psíquica ou para sintonizar-se com a Deusa em Seu aspecto oceânico.

Verde fortalece os herbalistas e os ecologistas mágicos.

Marrom é usado por aqueles com ligações com os animais ou que lançam encantamentos por eles.

Branco simboliza a purificação e a espiritualidade pura, sendo também perfeito para a meditação e rituais de purificação. É utilizado ainda em rituais da Lua Cheia, ou para acessar a Deusa.

Laranja ou Vermelho podem ser utilizados em Sabbats, para ritos de protecção ou sintonizar-se com o Deus em seu aspecto Solar.

Preto é uma cor popular. Ao contrário das crenças populares, o preto não simboliza o mal. É a ausência de cor. É uma matiz protetiva e simboliza a noite, o universo e a ausência de falsidade. Quando um Wiccano veste um robe preto, ele está vestindo a escuridão do espaço - simbolicamente, a fonte suprema de energia divina.

Se isto lhe parece muito complicado, simplesmente faça ou compre um robe e utilize-o em todos os rituais.

Podemos encontrar desde robes simples, como uma saída de banho, até alguns com gorros e bordados, como os de um monge, incluindo as mangas largas, o que garante que pegarão fogo se próximas demais a velas. Alguns Wiccanos vestem robes com gorros, para isolar interferências externas e controlar os estímulos sensoriais durante os rituais. É uma boa idéia para a magia e para a meditação, mas não para os ritos religiosos da Wicca, durante os quais devemos abrir-nos para a natureza, e não cortar nossas conexões com o mundo físico.

Se não desejar utilizar tais trajes, não é capaz de confeccionar um ou simplesmente não consegue encontrar ninguém que confeccione um para você, utilize apenas roupas limpas de fibras naturais, como algodão, lã ou seda. Desde que se sinta confortável com o que esteja (ou não) trajando, tudo bem. Por que não provar para ver o que lhe "cai" melhor?

Escolher e usar jóias rituais segue naturalmente a veste. Muitos Wiccanos têm colecções de peças exóticas com desenhos religiosos ou mágicos. Da mesma forma, amuletos e talismãs (objectos criados para afastar ou atrair poderes) costumam ser utilizados como joalheria ritual. Maravilhas como colares de âmbar e azeviche, braceletes de prata ou ouro, coroas de prata incrustadas com luas crescentes, anéis de esmeraldas e pérolas, até mesmo jarreteiras rituais, equipadas com pequenas fivelas de prata, normalmente fazem parte do aparato Wiccano.

Mas não é preciso adquirir ou confeccionar tais extravagâncias. Seja simples. Se sentir-se bem usando uma ou duas peças de joalheria durante rituais, tudo bem! Escolha desenhos com crescentes, ankhs, estrelas de cinco pontas (pentagramas) e assim por diante. Muitos fornecedores por correio vendem joalheria para ocultismo. Se desejar reservar seu uso para rituais, tudo bem. Muitos assim o fazem.

Sou constantemente perguntado se carrego sempre um bom amuleto, uma jóia ou outro objeto de poder comigo. A resposta é não.

Isto normalmente surpreende as pessoas, mas é parte de minha Filosofia em magia. Se determino que uma peça de joalheria (um anel, pingente, cristal etc.) é meu objecto de poder, meu elo com os Deuses, minha certeza de boa sorte, ficaria arrasado se me roubassem, se o perdesse, ou me separasse dele de algum modo.

Poderia dizer que o poder abandonou o objeto, que era uma bobagem ou que teria sido tomado por seres superiores, ou que não estava tão alerta quanto imaginava. Mesmo assim, ficaria arrasado.

Não é muito sábio depositar nossas esperanças, sonhos e energia em objectos físicos. Isto representa uma limitação, um produto direto do materialismo incutido em nós durante toda a nossa vida. É muito fácil dizer: "Não consigo fazer nada desde que perdi meu colar de selenita da sorte." É tentador pensar: "Nada mais deu certo desde que meu anel do Deus Cornudo desapareceu."

O que não é fácil de perceber é que todo o poder e sorte de que precisamos está no interior de nós mesmos. Não está contido em objetos externos, a não ser que assim o permitamos. Se fizermos isso, estaremos propensos a perder essa parte de nossa força pessoal e boa sorte, algo que não faria conscientemente.

Objectos de poder e jóias rituais podem sem dúvida simbolizar a Deusa e o Deus, assim como nossas próprias habilidades. Mas creio que não devemos deixar que sejam mais do que isso.

Ainda assim, eu possuo algumas peças (um pentagrama de prata, uma imagem da Deusa, uma ankh egípcia, um anzol havaiano que simboliza o deus Maui) que por vezes uso em rituais. A utilização de tais objectos activa nossa mente e produz o estado de consciência necessário para um ritual eficaz.

Não estou dizendo que o poder não deva ser enviado para objectos: na verdade, este é o modo pelo qual são feitos talismãs e amuletos com cargas mágicas. Simplesmente prefiro não fazer isso com jóias rituais e pessoais.

Certos objectos naturais, como cristais de quartzo, são usados para atrair sua energia para dentro de nós com a finalidade de efetuar mudanças específicas. Este tipo de "objeto de poder" é um bom auxílio à energia pessoal - mas é perigoso confiar exclusivamente nele.

Se o uso de certas peças cria um estado mágico, ou de uma imagem da Deusa ou um de Seus símbolos sagrados faz com que se sinta mais próximo d’Ela, tudo bem.

Seu objetivo, contudo, deverá ser a habilidade de sintonizar-se constantemente com o mundo oculto que nos rodeia e a realidade da Deusa e do Deus, mesmo em meio às mais devastadoras e aviltantes atitudes humanas.

Assim, agora já está banhado, vestido, enfeitado e pronto para o ritual. Mais alguma consideração? Sim, uma importante - companhia. Você deseja cultuar os Antigos Deuses da Wicca em particular, ou com outros? Se possuir amigos interessados, pode convidá-los para juntarem-se a você.

Em caso contrário, não há problema. Rituais solos são normais ao se iniciar nas tradições da Wicca. A presença de pessoas com idéias semelhantes é óptima, mas também pode ser inibitiva.

Há certos rituais nos quais não deve haver outras pessoas. Uma inesperada visão da lua cheia por entre as nuvens pede por alguns momentos de silêncio e sintonia, uma invocação ou meditação. Estes são rituais compartilhados com a Deusa e com o Deus apenas. As Deidades não permanecem em cerimónias; são tão imprevisíveis e voláteis quanto a própria Natureza.

Se desejar unir-se a amigos para seus rituais, faça-o apenas com aqueles realmente sintonizados com suas concepções sobre a Wicca. Penetras e pensamentos fugidios nada acrescentarão ao seu progresso dentro da Wicca.

Acautele-se também quanto ao interesse por amor - o namorado ou namorada, marido ou esposa, que se interessam apenas porque você está interessado. Podem parecer genuínos, mas após algum tempo você perceberá que não estão contribuindo para os rituais.

Há muitos aspectos maravilhosos em trabalhos de covens: já os experimentei. Grande parte do que a Wicca tem de melhor pode ser encontrado num bom coven (e o que há de pior, num mau coven), mas a maioria das pessoas não consegue contatar um coven. Podem também não possuir amigos com o mesmo interesse de praticar Wicca com eles. Este é o motivo pelo qual escrevi este livro para praticantes solitários. Se desejar, continue buscando um instrutor ou coven com o qual treinar enquanto trabalha este e outros guias de Wicca. Quando encontrar alguém, será capaz de abordá-lo com um conhecimento prático da Wicca obtido por meio de sua própria experiência, e não meramente de livros.

Apesar da ênfase dada às iniciações e ao trabalho em grupo na maioria dos livros sobre Wicca, praticantes solitários não devem ser vistos como artigos de Segunda categoria. Há muito mais indivíduos cultuando Os Antigos hoje do que membros de covens, e um número surpreendente destes trabalha só por opção. Com exceção de alguns encontros de grupo que frequento anualmente, sou um deles.

Nunca se sinta inferior por não trabalhar sob a orientação de um instrutor ou coven estabelecido. Não se preocupe quanto a não ser reconhecido como um verdadeiro Wiccano. Tal reconhecimento é importante apenas perante os olhos dos que o recebem ou que o fazem; fora isso, não vale nada. Você só precisa se preocupar em satisfazer a si próprio e desenvolver um relacionamento com a Deusa e com o Deus. Esteja à vontade para elaborar seus próprios rituais. Livre-se das algemas do conformismo rígido e da noção de "livros revelados" que devem ser seguidos à exaustão. A Wicca é uma religião em desenvolvimento. O amor pela natureza, pela Deusa e pelo Deus é sua essência, e não tradições eternas e ritos antigos.

Não estou dizendo que a Wicca tradicional não é boa. Longe disso. Na verdade, recebi iniciação em várias tradições Wiccanas, cada uma com seus próprios rituais de iniciação, Sabbats e Esbats (ver Capítulo 8. Dias de Poder), nomes para a Deusa e para o Deus, lendas e conhecimento de magia. Mas após receber tais "segredos" percebi que todos são iguais, e os maiores segredos de todos estavam à disposição de qualquer um que vê a natureza como uma manifestação da Deusa e do Deus.

Cada tradição (expressão) da Wicca, seja passada de mão em mão seja praticada intuitivamente, é semelhante à pétala de uma flor. Nenhuma pétala é a totalidade; todas são necessárias à existência da flor. A trilha solitária é tão parte da Wicca quanto qualquer outra.

 

 

Espaço dedicado à Wicca

 

Circulo Mágico

 

Antes da perseguição aos Pagãos ocorrida na Inquisição, todos os rituais sagrados da Bruxaria eram realizados na Natureza, a morada sagrada dos Deuses, geralmente no interior de Círculos de pedras, semelhantes a Stonehenge, erigidas ao longo de linhas de poder existentes sobre a Terra, lugares estes de grande magnetismo e força.


Porém, quando começou a perseguição à Bruxaria, esses locais foram destruídos pela religião conquistadora, e nossos ancestrais foram obrigados a praticar seus rituais em suas casas, longe de olhos estranhos. Foi a partir daí que o Círculo Mágico passou a ser utilizado nos rituais da Bruxaria.


Traçar um Círculo Mágico precede qualquer ritual Wiccano. É uma forma simples de sacralizar*  a área que será utilizada de forma que esta se torne condigna aos Deuses e energias invocados no decorrer de um ritual. Ele é traçado no início de cada cerimônia e destraçado no final dela.


Traçar um Círculo Mágico significa estabelecer uma ponte entre o mundo físico e o mundo dos Deuses, entre o visível e o invisível. No interior de um Círculo Mágico devidamente sacralizado, estamos além do tempo e do espaço. Ele é uma esfera de energia capaz de estabelecer uma conexão entre o nosso mundo e outros planos.


O Círculo Mágico marca o início de um ritual. Geralmente ele é traçado quando percorremos a área ritual por três vezes consecutivas, com nosso Athame ou Bastão. Em seguida os elementos da Natureza são convidados a partilhar do ritual, bem como a Deusa e o Deus.


O Círculo é tido como o melhor meio de preservar e conter a energia criada durante um ritual, por isso é imprescindível em qualquer prática ritualística.

Fonte: “Wicca – A Religião da Deusa”, de Claudiney Prieto


(* Em geral os wiccanos consideram que a Terra já é sagrada, pois a Deusa está presente em tudo, não havendo portanto essa necessidade de "sacralizar" o lugar onde for realizar o ritual. Sob esse ponto de vista, o Círculo Mágico é usado para concentrar a energia durante o ritual, e para impedir possíveis interferências de outras energias no andamento do mesmo.)

 

Espaço dedicado à Wicca

 

Meditação

 

Para homens


Escureça o Oratório (ou o lugar de suas práticas meditativas) e acenda um círio branco. Queime incenso, de modo que uma densa fumaça encha o aposento. Recite os seguintes versos do Antigo Canto de Amergin:


EU SOU O VENTO QUE SOPRA PELOS MARES,
EU SOU O MACHO SELVAGEM,
EU SOU A ÁGUIA NO PENHASCO,
EU SOU RÁPIDO COMO O GAVIÃO,
EU SOU GUERREIRO DE MUITAS BATALHAS,
EU SOU FORTE COMO UMA LANÇA,
EU SOU A PONTA DE UMA ESPADA,
EU SOU A PELE DO TAMBOR QUE CONCLAMA À GUERRA,
EU SOU A CORDA DA HARPA,
EU SOU O CAMPEÃO DOS FRACOS,
EU SOU A VISTA DA MONTANHA MAIS ALTA,
EU SOU SOU A SABEDORIA DO POÇO MAIS FUNDO,
EU SOU O VENCEDOR DO DIA E DA NOITE. 
SEMPRE VIVI. JÁ FUI TUDO!


Quando estiver recitando estes versos, detenha-se naqueles que clamarem mais em seu interior e repita-os. Ao sentir que o tempo e o espaço foram alterados, visualize a mão do Cavaleiro Lanceloth (seu Animus) saindo da fumaça do incenso.

A mão de Lanceloth of The Lake, empunha uma magnífica Espada. No seu dedo repousa um Anel Mágico. Lanceloth aproxima sua mão de você, de modo que seu Anel fica bem nítido. Observe o desenho e a ornamentação do Anel. Este Anel, foi lhe dado pela Dama do Lago (sua Anima) e ele tem o poder de destruir todo os encantamentos (ilusões e tentações do Caminho).


Ao meditar sobre o Anel, concentre-se em pelo menos uma dúvida, preocupação ou insegurança sobre sua vida material ou espiritual. Sinta que a força de Lanceloth está com você e o ajuda em qualquer dificuldade. Sinta também, o poder de todos os seus ancestrais masculinos, de todos os cavaleiros e guerreiros fluir em você.


Ao fazer isto, visualize um brilho emanar do Anel e envolvê-lo. O calor deste brilho cobre seu corpo, até que você também irradie essa luminosidade sobrenatural. Fique sob a presença desta Luz por alguns minutos e inspire-a. Deixe-a invadir seu coração e pulmões ao respirar. Imagine esta Luz penetrando nos músculos de seu peito e ombros. Após alguns momentos, a luminosidade começa a diminuir e você vê apenas a fumaça do incenso.


Volte a seu estado normal de consciência, repetindo uma ou outra frase do Canto acima. Termine seu exercício com a frase final do Canto: SEMPRE VIVI. Já FUI TUDO!


Faça este exercício uma vez por semana. Recomenda-se que ele seja feito as terças ou quintas-feiras.


(Exercício Ritual da Tradição Arthuriana, ramo do Caminho Cavaleiresco do Ocidente).



Para mulheres


Escureça o Oratório (ou o lugar de suas práticas meditativas) e acenda um círio branco. Queime incenso, de modo que uma densa fumaça encha o aposento. Recite os seguintes versos inspirados no Antigo Canto de Amergin:


EU SOU O VENTO QUE SOPRA PELOS MARES,
EU SOU A FÊMEA SELVAGEM,
EU SOU A ÁGUIA NO PENHASCO,
EU SOU RÁPIDO COMO O GAVIÃO,
EU SOU A GUERREIRA DE MUITAS BATALHAS,
EU SOU FORTE COMO UMA LANÇA,
EU SOU A PONTA DE UMA ESPADA,
EU SOU A PELE DO TAMBOR QUE CONCLAMA À GUERRA,
EU SOU A CORDA DA HARPA,
EU SOU A CAMPEÃ DOS FRACOS,
EU SOU A VISTA DA MONTANHA MAIS ALTA,
EU SOU SOU A SABEDORIA DO POÇO MAIS FUNDO,
EU SOU A VENCEDORA DO DIA E DA NOITE.
SEMPRE VIVI. JÁ FUI TUDO!


Quando estiver recitando estes versos, detenha-se naqueles que clamarem mais em seu interior e repita-os. Ao sentir que o tempo e o espaço foram alterados, visualize a mão da Dama Morgana (sua Anima) saindo da fumaça do incenso. A mão de Morgana Le Fay empunha uma magnífico Cálice e no seu dedo repousa um Anel Mágico. Morgana aproxima sua mão de você, de modo que seu Anel fica bem nítido.


Observe o desenho e a ornamentação do Anel. Este Anel, foi lhe dado por Merlin o Sábio (seu Animus) e ele tem o poder de destruir todo os encantamentos (ilusões e tentações do Caminho). Ao meditar sobre o Anel, concentre-se em pelo menos uma dúvida, preocupação ou insegurança sobre sua vida material ou espiritual.


Sinta que a força de Morgana está com você e a ajuda em qualquer dificuldade. Sinta também, o poder de todos os seus ancestrais femininos, de todas as Damas e Guerreiras fluir em você. Ao fazer isto, visualize um brilho emanar do Anel e envolvê-la. O calor deste brilho cobre seu corpo, até que você também irradie essa luminosidade sobrenatural.


Fique sob a presença desta Luz por alguns minutos e inspire-a. Deixe-a invadir seu coração e pulmões ao respirar. Imagine esta Luz penetrando nos músculos de seu peito e ombros. Após alguns momentos, a luminosidade começa a diminuir e você vê apenas a fumaça do incenso.


Volte a seu estado normal de consciência, repetindo uma ou outra frase do Canto acima. Termine seu exercício com a frase final do Canto: SEMPRE VIVI. Já FUI TUDO!


Faça este exercício uma vez por semana. Recomenda-se que ele seja feito as terças ou quintas-feiras.


Tradicionalmente, Morgana Le Fay (o Arquétipo da Sacerdotisa) mostra-se como uma linda mulher de cabelos vermelhos, usando roupas e ornamentos medievais. Porém, você pode visualizar qualquer imagem de mulher significativa para sua vida espiritual pessoal.

Rituais para a Lua

Ritual da Lua Cheia


Na noite de Lua Cheia, prepare seu altar para a Magia Lunar - toalha e vela branca, cálice com leite, incenso com perfumes lunares (rosa branca, lírio, cânfora, etc.) e um cristal de quartzo.


Acenda a vela, incenso e invoque as deidades da Lua, dizendo: 
DEUSAS DA LUA, SENHORAS DA NOITE, MESTRAS DA MAGIA E DO ENCANTAMENTO: ARIANRHOD, ARTEMIS-DIANA, HEKATE, IO, ISHTAR, ÍSIS, LEUCHOTHEA, LUNA, SELENE E TODAS VÓS, SANTAS E SAGRADAS! A MIM VENHAM AS TUAS BÊNÇÃOS! A MIM E A TODAS AS TUAS CRIATURAS, FILHOS E FILHAS DA DEUSA! PAZ! PROTECÇÃO! SAÚDE! BLESSED BE!


Coloque o dedo indicador no cálice com leite e desenhe um crescente em sua testa. Eleve ambos os braços para o Céu e sinta os raios lunares descendo até você. Fique assim por alguns instantes. Depois, levante o cálice para o alto, com as duas mãos, imaginando que as bênçãos da Lua se concentram nele. Beba todo o leite do cálice e faça uma prece de agradecimento a todas as deidades invocadas.


Sente-se e fique em silêncio por alguns minutos. Apague a vela e deixe o incenso queimar até o fim.


Ritual da Lua ou "Puxar a Lua para Baixo"


Esse Ritual deve ser feito antes de um Sabbat ou Feitiço. Sente-se com a coluna reta. Imagine que uma grande Lua Cheia está sobre a sua cabeça e invade todo o seu corpo. Mantenha essa visualização de olhos fechados por alguns minutos. Depois, se estiver num espaço aberto, olhe para a Lua. Se estiver num espaço fechado, abra os olhos e relaxe por alguns instantes. Este Ritual é feito somente por mulheres. Para o homem, é mais comum imaginar ou fazer incidir o reflexo da Luz num espelho, para depois imaginar que sua Luz entra pelo Chacra Frontal (espaço entre as sobrancelhas).


Ritual da Lua Nova para a Deusa Kali

por M. Starke, adaptação e tradução de Blackmoor


Este Ritual, recomendado para toda a Lua Nova, é uma oportunidade de renovação espiritual e homenagem filial. Kali, A Mãe Antiga, é simbolizada por esta fase lunar e seus atributos são reconhecidos em todos os cultos e tradições mágicas.


Materiais necessários:

- incenso de Sândalo (Incenso de Kali)

- óleo de almíscar (óleo de Kali)

- vela negra (Cor de Kali)


Ocasião:
- primeiro dia de Lua Nova.

Acenda a vela e o incenso, olhe para a direção Leste e diga: COM REVERÊNCIA, INVOCAMOS AS DEUSAS DAS QUATRO SAGRADAS DIRECÇÕES: NO LESTE, INVOCO USHAS, DEUSA DA AURORA, PARA QUE INICIE ESTE NOVO CICLO LUNAR. AJUDE-ME A DESTRUIR AS ILUSÕES E ENXERGAR A VERDADE.


Olhe para o Sul e diga: 
NO SUL, INVOCO PARVATI, PARA QUE ME TRAGA O FOGO ESPIRITUAL QUE PURIFICA O CORPO E O ESPÍRITO.


Olhe para o Oeste e diga: 
NO OESTE, INVOCO DURGA, PARA QUE ME ENSINE A ENXERGAR NAS REGIÕES ESCURAS SEM SENTIR MEDO.


Olhe para o Norte e diga: 
NO NORTE, INVOCO SARASWATI, PARA QUE ME MOSTRE A ETERNA SABEDORIA DA DEUSA.


Olhe novamente para o Leste e diga: 
E AGORA INVOCO KALI-MA, MÃE NEGRA E DEUSA, CRIADORA DE TUDO O QUE EXISTE. O CÍRCULO ESTÁ FECHADO, O AMOR DA DEUSA ESTÁ EM MEU CORAÇÃO. A PAZ E A FRATERNIDADE REINA DENTRO DESTE SANTUÁRIO!


Levante os braços e diga: 
SAUDAÇÕES A VOCÊ, LUA NOVA, BELA JÓIA QUE NOS GUIA! EU ME INCLINO PARA VOCÊ E OFEREÇO MEU AMOR (FAÇA UMA REVERÊNCIA). EU ME INCLINO PARA VOCÊ E OFEREÇO MINHA AJUDA (FAÇA UMA REVERÊNCIA). EU OLHO PARA VOCÊ AFETUOSAMENTE, LUA NOVA DAS ESTAÇÕES! SAUDAÇÕES A VOCÊ, LUA NOVA, QUERIDA DA MINHA ALMA. SAUDAÇÕES A VOCÊ, LUA NOVA, DOADORA DAS GRAÇAS. SALVE! RAINHA DA BOA SORTE! LUA NOVA DAS ESTAÇÕES!


Sente-se, fique alguns minutos em silêncio e medite: 
A LUA NOVA é UM TEMPO PROPÍCIO PARA REMOVER AS NEGATIVIDADES DE MINHA VIDA. KALI PODE ME AJUDAR A CORTAR TUDO O QUE é NEGATIVO. KALI PODE ME AJUDAR A VIVER BEM MELHOR.


Imagine a Deusa Negra segurando uma foice e ceifando as coisas negativas (pensamentos destrutivos e doentios, recordações dolorosas, etc.). Enquanto faz estas visualizações, unte o centro da testa com o óleo de almíscar, preste atenção ao cheiro do incenso queimando e repita: 
OM KALI, OM KALI, OM KALI...(por alguns minutos).


Ao parar a repetição, fique alguns minutos em silêncio contemplativo, desfaça a imagem da Deusa de sua mente e agradeça pelas bênçãos recebidas. Peça também à Mãe Negra pelo nosso planeta: proteção da Natureza, cessação da destruição das espécies e dos crimes ecológicos, etc. Agradeça mais uma vez, com muita reverência e devoção.


Levante-se, olhe para as direções correspondentes e diga: 
SARASWATI, DEUSA DO NORTE, AGRADEÇO A SUA BÊNÇÃO! DURGA, DEUSA DO OESTE, AGRADEÇO A SUA BÊNÇÃO! PARVATI, DEUSA DO SUL, AGRADEÇO A SUA BÊNÇÃO! USHAS, DEUSA DO LESTE, AGRADEÇO A SUA BÊNÇÃO! O CÍRCULO ESTÁ ABERTO, O AMOR DA DEUSA ESTÁ EM MEU CORAÇÃO. PAZ E FRATERNIDADE EM TODAS AS QUATRO SAGRADAS DIRECÇÕES.


Apague a vela. Fim do Ritual.

Ritual da Deusa Tonantzin

 

Ritual para a Senhora de Guadalupe - Deusa Tonantzin


(Este ritual, de imenso poder devocional, é oriundo da Brujeria Mexicana. Muitos Covens o utilizam, independentemente de sua natureza sincrética. Afinal, a Deusa se manifesta como quer e quando quer...).


Materiais Necessários:

Duas velas: uma azul e outra rosa, dois candelabros, incenso de rosas, uma taça ou cálice com vinho, um prato com milho (em grão ou espiga, prontos para comer).


Invocação:

Arrume tudo num altar com toalha branca, acenda o incenso e as velas. Purifique as mãos e boca com água. Vista-se de branco e cubra a cabeça com um lenço ou faixa também branca. Dias recomendados: Segunda-feira, Sábado e dias de Lua Cheia. Este ritual pode ser adaptado por você, para trabalho em grupo.

 

Voltado para o Leste, cante: ESPÍRITOS GUARDIÃES DO LESTE, SENTINELAS DO VENTO, EU HONRO TONANTZIN, NOSSA MÃE. OUÇAM-ME! EU CANTO MEU AMOR PELA SENHORA DE GUADALUPE. SALVE MINHA AMADA GUADALUPE, MINHA QUERIDA TOCI (AVÓ)!

 

Leituras Sagradas:

Leia os seguintes capítulos e versículos da Sagrada Escritura (Bíblia):

Apocalipse 12:1-17

Evangelho de Lucas 1:46-55


Intenções:

Ore por todas as pessoas necessitadas e doentes, pela Natureza e suas criaturas, pelos espíritos auxiliadores e amigos. (coloque aqui também seus pedidos e intenções particulares).


Comunhão:

Peça para Guadalupe-Tonantzin abençoar as oferendas sobre a mesa/altar.

Faça alguns minutos de silêncio contemplativo. Com reverência, coma o milho (deixe sobrar um pouco) e beba o vinho (deixe um pouco no cálice). Deite-se no chão, com o rosto por terra, meditando sobre o imenso poder de Guadalupe-Tonantzin. Invoque sua ajuda, cura e proteção.

Levante-se e agradeça a presença das entidades divinas e espirituais que foram invocadas.


Bênção Final:

EU ADORO GUADALUPE-TONANTZIN,

ROSA CELESTIAL, ROSA MÍSTICA, ROSA DE TEPEYAC.

QUE SUA FRAGRÂNCIA ABENÇOE MINHA ALMA E MEU CORPO.

SEU PODER ME ENVOLVA DE MANHÃ E DE NOITE,

PRINCIPALMENTE ENVOLVA AS MULHERES - SUAS FILHAS,

SENHORA TONANTZIN!


(Medite: recorde-se de suas ancestrais femininas. Lembre-se de suas avós ou bisavós. Imagine uma imensa fila de mulheres atrás de você, perdendo-se nas brumas do tempo. No final desta milenar fila, veja com os olhos do coração a Grande Ancestral: TONANTZIN).


Terminado o ritual, apague as velas e coloque o milho e o vinho restantes em alguma planta ou ao pé de uma grande árvore (como retribuição à Natureza).

Ritual de Diana

 

Por Moondancer. Tradução e adaptação: Blackmoor


Um ritual de celebração e meditação feminina, para a cura da terra e a proteção dos animais.



Invocação das Quatro Direções e dos Animais Simbólicos


Imagine-se numa clareira de uma Floresta durante a noite. A Lua está cheia, uma suave brisa envolve você e o ambiente. Não faça um altar, coloque as oferendas abaixo, no solo. Se possível, não use roupa nenhuma.

 

Voltado para o Leste, ofereça incenso e diga:

EU CONJURO A BÊNÇÃO DA DIRECÇÃO LESTE, SOL NASCENTE! LUZ, PODER, MAGIA, AVE!(imagine um grande falcão suspenso nesta direção).

Voltado para o Norte, ofereça sal (ou flores) e diga:

EU CONJURO A BÊNÇÃO DA DIRECÇÃO NORTE, MEIA-NOITE! ESCURIDÃO QUE ESCONDE, PODER, PROTECÇÃO, AVE! (imagine um grande cão, um galgo por exemplo, nesta direção).

Voltado para o Oeste, ofereça água e diga:

EU CONJURO A BÊNÇÃO DA DIRECÇÃO OESTE, SOL POENTE! ANOITECER, SILÊNCIO, PAZ, AVE! (imagine uma ursa nesta direção).

Voltado para o Sul, ofereça fogo (uma vela) e diga:

EU CONJURO A BÊNÇÃO DA DIRECÇÃO SUL, MEIO-DIA! DESERTO, CONTEMPLAÇÃO, VENTO, AVE! (imagine uma égua selvagem nesta direção).


Invocação de Diana


Voltado para o Leste, ajoelhe-se e com os braços erguidos, diga:

CAÇADORA! SAGRADA DAMA CAÇADORA, ARTEMIS! ARTEMIS, VENHA A SUA PRESENÇA ATÉ MIM, VENHA A SUA BÊNÇÃO E A DE SEUS ANIMAIS! VENHA! DIANA QUE VOA NO AR, VENHA! DIANA QUE NADA NA ÁGUA, VENHA! DIANA QUE VIVE NA TERRA, VENHA! DIANA QUE ARDE NO FOGO. VOCÊ E EU SEREMOS UM!


Abaixe os braços e coloque a cabeça no chão. Mentalmente dirija as energias a toda a Terra, principalmente aos animais e criaturas da Natureza que estão em sofrimento.


(Imagine a forma divina de Diana, percorrendo os quatro cantos do mundo e levando sua benção, em forma de uma energia verde, a todos os lugares e seres. Finalizando, imagine o planeta circundado por um círculo de proteção verde).


Encerramento

Levante-se, agradeça a Diana e a todas as suas criaturas mágicas aliadas. Agradeça suas presenças, bençãos e proteção.

Extenda os braços em forma de cruz e diga: AVE! DIANA, ARTEMIS, CRIATURAS SAGRADAS E ALIADAS! SUAS BENçãOS ESTEJAM COMIGO, PARA SEMPRE, SEMPRE, AVE!


Este pequeno rito, pode ser adaptado para seu trabalho em grupo: Coven (Wicca), Clareira (Druidismo), Santuário (Paganismo), etc.

 

Ritual de Comunhão com os Espíritos Antigos

 

Por M. Starke, adaptação e tradução de Blackmoor


Apresentamos a adaptação moderna de um antiqüíssimo ritual de comunhão. Ele usa a linguagem e a simbologia proto-indo-européia, colocando-se como o avô de nossas cerimônias druídicas ou wiccanas.


Recomendamos a todos os praticantes da Arte sua prática. Ele é estimado como o mais primitivo ritual reconstruído. Com variações, ele poder ser celebrado coletivamente e na Natureza.


Materiais necessários:
Vela de cor vermelha
Fósforos
Incenso (em pó ou varetas)
Tina de barro com água
Bastão de madeira
Cálice ou cuia
Vasilha para a oferenda de cerveja
Cerveja preta
Moeda grande
Asperges (um maço de galhinhos secos para ablução)


Início do Ritual
Coloque o bastão na direção Leste, a tina de água no Oeste e a vela no centro. Sente-se em frente à tina (olhando para o Oeste), ponha o incenso ao lado da vela e os outros itens perto de você.


Purificação
Enxague a boca, peito, mãos e diga a cada vez: PUROS ESYÉM! (PURIFICO-ME!)


Claustro
Vire-se para o Leste e diga: DEIWONS AISYéM, (EU DESEJO HONRAR OS DEUSES). ESTOU AQUI PARA HONRAR OS DEUSES, MEU CULTO é FEITO DE ACORDO COM O ANTIGO COSTUME.


Acenda a vela e diga: 
NO VERDADEIRO CENTRO DO MUNDO, EU ACENDO O FOGO DA OFERENDA. NO LUGAR ONDE O SAGRADO E O PROFANO SE ENCONTRAM, EU ESTOU SOB O CUIDADO E A PROTECÇÃO DA LUMINOSA DEUSA E SOB O OLHAR VIGILANTE DE WESYA.


Faça a oferenda ao fogo (acenda o incenso e o coloque dentro da vasilha para oferendas) e diga: 
EU FAÇO A OFERENDA AO FOGO SACRIFICIAL. EU ROGO POR UM BOM FOGO.


Faça a oferenda à água (colocando a moeda na tina de barro) e diga: 
POR DHUSNOM EU ME LIGO AO MUNDO SUBTERRÂNEO.


Asperja com água o bastão e diga: 
PELA ÁRVORE SAGRADA, EU ME LIGO AO MUNDO CELESTE. DA TERRA AO CÉU ELA SE EXTENDE.


Coloque a oferenda de cerveja para o Guardião do Portal (no cálice ou cuia) e diga: 
AKWAM NEPOT, EU OFEREÇO A VOCÊ. QUE O CAMINHO ABRA-SE PARA OS SERES SAGRADOS.


Faça um triskele no sentido contrário aos ponteiros do relógio (de dentro para fora), sobre a chama da vela e diga: 
AKWAM NEPOT, DHWERMOS HMé RUYES (AKWAM NEPOT, ABRA O PORTAL PARA MIM).


Asperja a área do ritual com água no sentido dos ponteiros do relógio e diga: 
MEG MORIS HMé GHERDMI (O GRANDE MAR ME CIRCUNDA).


Ao terminar a aspersão diga: 
MEU SANTUÁRIO é CONSAGRADO E SEPARADO, DENTRO DA MARGEM DA ÁGUA CIRCUNDANTE. SANTO E SAGRADO é ESTE LUGAR, PRONTO PARA A ENTRADA DOS DEUSES.


Coloque um pouco de cerveja (na vasilha de oferendas) para os Deuses e diga: 
AOS DEUSES E DEUSAS EU OFEREÇO, FAÇA-SE ENTRE NÓS UM PACTO DE FELIZ AMIZADE. DEIWOS, TE-BHYOM GHEUMI (DEUSES, EU OFEREÇO A VOCÊS).


Coloque um pouco de cerveja (na vasilha) aos Ancestrais e diga: AOS ESPÍRITOS DOS ANCESTRAIS, EU OFEREÇO, FAÇA-SE ENTRE NÓS UM PACTO DE FELIZ AMIZADE. WIKPOTIES, TE-BHYOM GHEUMI (ANCESTRAIS, EU OFEREÇO A VOCÊS).


Coloque um pouco de cerveja (na vasilha) aos Espíritos Protetores do Lugar e diga: 
AOS ESPÍRITOS PROTETORES DO LUGAR, EU OFEREÇO, FAÇA-SE ENTRE NÓS UM PACTO DE FELIZ AMIZADE. ANSUES, TE-BHYOM GHEUMI (ESPÍRITOS, EU OFEREÇO A VOCÊS).


Faça silêncio por alguns minutos, pegue a vasilha e diga: 
EU RECEBO MINHA PORÇÃO NESTE SACRIFÍCIO.


Beba um pouco de cerveja, coloque a vasilha ao lado e diga: 
DIVINDADES, ANCESTRAIS E ESPÍRITOS: EU OFEREÇO A VOCÊS HONRA, CULTO, ORAÇÃO E RESPEITO. POSSA A PAZ E A AMIZADE ESTAR ENTRE NÓS.


Curve-se em profunda reverência e diga: 
USMEI GWRTINS DéDEMI (EU AGRADEÇO A VOCÊS).


Faça um triskele sobre a chama da vela, no sentido dos ponteiros do relógio (de fora para dentro) e diga: 
AKWAM NEPOT, FECHE O PORTAL PARA MIM.


Apague a vela, fique de pé e diga: 
EU SIGO MEU CAMINHO EM FRATERNIDADE COM A TRIBO.


Faça uma reverência para a direção Leste.

Antigo Ritual para a Virgem Negra

 

Centenas de ícones de Maria, a mãe de Jesus de Nazaré, possuem as mãos e os rostos negros. Na França, elas são chamadas de "Vierges Noires" e em outros lugares da Europa de "Maddonas Negras". Alguns chamam sua imagem de "a outra Maria"; Carl Jung dizia que eram representações de ísis e sua iconografia remonta ao culto pré-histórico da Mãe Terra. Ela possui analogia com as Deusas Cybele, Diana e Vênus e associações culturais com Kali, Innana e Lilith. Historicamente ela foi introduzida pelos cruzados voltando da Palestina, os conquistadores espanhóis a levaram ao Novo Mundo e seguindo antigas tradições esotéricas, os Templários a chamavam de "Maria Madalena". Como a negra Sara-la-Kali, ela é reverenciada pelos ciganos em todo o mundo, possuindo sua data e lugar sagrado: 24 de maio, Saintes-Maries de la Mer, na região francesa de Camargue. Para os psicólogos modernos, ela expressa o Feminino Sombrio.


Mas independente do que ela possa aparecer, ou do que possam dizer dela, seu culto continua poderoso e exerce uma estranha fascinação em milhões de devotos em todo o planeta. Seus lugares sagrados são centros de energia telúrica, enlaçados com as "Linhas Ley" e a arquitetura sagrada. Desde os tempos remotos até hoje, multidões peregrinam a seus Santuários, mergulhando em seus mistérios e entregando-se a seus miraculosos trabalhos de cura, transformação interior e inspiração. A França possui mais de 300 lugares com Virgens Negras e existem mais de 150 deles no mundo.


O Brasil, com orgulho, exibe a sua Madonna: Nossa Senhora da Aparecida, retirada das águas por pobres pescadores. Sua imagem, reprodução da morena Virgem de Guadalupe do México, que é a manifestação da nativa Tonantzin, atrai milhares de devotos, católicos ou não. Nos meios hermetistas e pagãos (incluindo a Wicca), ela é a imagem da Sábia e Cthônica Anciã (Crone).


Um Antigo Ritual para a Virgem Negra

(Bulgária, século XIII. Fonte: Fraternitas Bogomiliana)


Em uma noite sem Lua (Lua Nova), vista-se com cores negras e cubra a cabeça com um lenço também negro. Prepare um pequeno altar com oferendas de vegetais de casca escura (por exemplo - beterraba, ameixa, beringela, azeitonas pretas, etc...), incenso de aroma forte (benjoim, âmbar ou defumadores de ervas) e uma Vela Verde.

Arrume o altar voltado para o Norte, acenda o incenso e a Vela.


Deite-se no chão, com o rosto voltado para a terra, coloque os braços abertos ao lado do corpo e diga:

PURIFIQUE-ME SENHORA! PURIFIQUE-ME INTERNAMENTE E EXTERNAMENTE. PURIFIQUE MEU CORPO, ALMA E ESPíRITO! FAÇA AS SEMENTES DE LUZ CRESCEREM DENTRO DE MIM E TRANSFORME-ME EM TOCHA FLAMEJANTE DE TEU AMOR. PARA QUE EU, TOMADO POR MINHAS PRÓPRIAS CHAMAS, TRANSFORME TUDO EM MIM E AO MEU REDOR EM LUZ!


Imagine a Virgem Negra entronizada no centro da Terra, Senhora do Mundo Subterrâneo e Mãe da Natureza. Sinta o seu poder e sua majestade incomparável.
Levante-se e faça a oração mais uma vez.
Pegue a Vela Verde e caminhe, no sentido dos ponteiros do relógio, nove vezes.
Pare voltado para o Norte e faça a oração novamente.
Agradeça a Virgem Negra e peça a sua proteção.

Deixe o incenso e a Vela consumirem-se totalmente.

Use as oferendas vegetais para o consumo próprio, como uma dádiva da Mãe Terra.

O Ritual pode ser realizado fora ou dentro de casa. A Vela Verde (escura) é tradicionalmente usada em ritos para a Virgem Negra desde a Idade Média.

Fonte: Alemdalenda

Espaço dedicado à Wicca

 

Ritual de Gestos

 

De pé na área ritual, tranqüilize seus pensamentos. Respire fundo por cerca de meio minuto ou até que esteja completamente calmo. Volte sua mente para nossas Deidades.


Volte-se para o norte. Erga ambas as mãos à altura da cintura, com as palmas para baixo. Aperte seus dedos uns contra os outros, criando dois planos sólidos. Sinta a solidez, a força, a fertilidade. Invoque as forças da Terra com este gesto.


Instantes depois, volte-se para o leste. Erga suas mãos um pé mais alto, com suas palmas voltadas para fora de você (não mais paralelas ao solo), e com os cotovelos ligeiramente dobrados. Abra seus dedos e mantenha esta posição, sentindo o movimento e a comunicação. Invoque as forças do Ar com este gesto.


Volte-se para o sul. Erga suas mãos bem acima de sua cabeça. Mantendo os cotovelos retos, feche os punhos. Sinta a força, o poder, a criação e a destruição. Invoque as forças do Fogo por meio deste gesto.


Volte-se para o oeste. Abaixe suas mãos cerca de um pé. Curve os cotovelos, vire suas palmas para cima e forme conchas com elas, apertando os polegares contra os indicadores. Sinta a fluidez, o oceano, a liquidez. Invoque assim as forças da água.


Volte-se novamente para o norte. Jogue a sua cabeça para trás e erga suas mãos ao céu, com as palmas para cima, os dedos abertos. Beba da essência do único, a misteriosa, inaproximável fonte de tudo. Sinta os mistérios do universo.


Abaixe sua mão projetiva (direita, se você for destro) mas mantenha sua mão receptiva (esquerda, se você for destro) para cima. Dobrando os dedos externos, crie uma crescente curvando o indicador e o polegar. Sinta a realidade da Deusa. Sinta seu amor, sua fertilidade, sua compaixão. Sinta os poderes da Lua neste gesto; a força dos mares eternos - a presença da Deusa.


Abaixe sua mão receptiva; erga sua mão projetiva. Dobre os dedos médio e anular, e segure-os contra a palma da mão com o polegar. Erga o indicador e o mínimo ao céu, criando uma imagem chifruda. Sinta a realidade do Deus. Sinta o poder do sol neste gesto; a energia indomada dos bosques - a presença do Deus.


Abaixe sua mão projetiva. Deite-se no solo. Abra suas pernas e braços até que crie a figura de um pentagrama. Sinta a força dos elementos correndo em seu interior, misturando-se e unindo-se a seu ser. Sinta-as como emanações do único, da Deusa e do Deus.


Medite. Comungue. Comunique-se.


Ao terminar, simplesmente erga-se. Seu rito de gestos está encerrado.



 




 


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